CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Gota tem novas medicações cada vez mais eficientes

 

Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a artrite gotosa – popularmente conhecida como gota – não é uma doença exclusiva da terceira idade. Muito pelo contrário, é até comum em pessoas de meia-idade e até jovens. “A gota é uma doença metabólica...

Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a artrite gotosa – popularmente conhecida como gota – não é uma doença exclusiva da terceira idade. Muito pelo contrário, é até comum em pessoas de meia-idade e até jovens. “A gota é uma doença metabólica. Sua principal característica é a presença de cristais de ácido úrico intra-articular, trazendo como consequência inflamação, vermelhidão e uma dor lancinante”, explica o Dr. Eduardo Sadigurschi, Reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A artrite gotosa não é uma doença exclusiva da terceira idade

Segundo ele, a gota geralmente começa atingindo o primeiro dedo do pé (podagra) ou outras articulações do pé, do joelho e do tornozelo. Geralmente, explica o Dr. Eduardo, altos índices de ácido úrico são característicos de pacientes acometidos pela doença, mas isso não é determinante. “Uma pessoa pode ter alto índice de ácido úrico e não desenvolver a gota. E, ao contrário, pode ter índices normais e ter gota. O problema é o depósito do ácido úrico nas articulações, que acontece geralmente pela alteração do PH local. Só quem já teve gota sabe como dói. Ao menor sinal da dor, é preciso procurar um especialista. Vale pontuar que a gota pode atingir órgãos importantes como o rim e estar acompanhada de problemas sérios, como diabetes e hipertensão arterial”, pontua.

A boa notícia é que a indústria farmacêutica tem apresentado novos tratamentos muito eficientes. “Há dez anos, apenas o alopurinol e poucos agentes uricosúricos estavam disponíveis. Hoje, para o tratamento da crise, temos colchicina, anti-inflamatórios não esteroidais, corticoesteroide oral ou intra-articular ou a combinação de fármacos. O médico optará por determinada medicação segundo contra-indicações do paciente, na experiência prévia com outros tratamentos, no tempo que dura a crise e no tipo de articulações envolvidas”, cita o Dr. Eduardo, finalizando que é importante tratar o período sem dores para que se evite as crises e que o processo se torne crônico, com possível desgaste e destruição articular.