CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Idosos podem recuperar parte da qualidade de vida perdida

 

Praticamente metade da população de idosos do Brasil sofre de doenças crônicas, tais como problemas cardiovasculares, diabetes e câncer. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48,9% da população de idosos são acometi...

Praticamente metade da população de idosos do Brasil sofre de doenças crônicas, tais como problemas cardiovasculares, diabetes e câncer. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48,9% da população de idosos são acometidos por uma ou mais destas doenças. Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2% dos idosos acima de 60 anos, respectivamente.

Praticar exercícios regulares com orientação é fundamental

A boa notícia é a possibilidade de recuperar um pouco da qualidade de vida perdida. Sim, isso é possível a partir de um tratamento amplo e personalizado, que prevê medicamentos, alimentação regrada, atividade física regular e protocolos que incluem hidroterapia, acupuntura e RPG, entre outros, como é prescrito no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

– É preciso deixar o sedentarismo de vez. Praticar exercícios regulares, com orientação do médico, é absolutamente fundamental. O sedentarismo deixa as articulações ainda mais rígidas. É sabido que o exercício contínuo e moderado, ao longo da vida, ajuda a adiar essa degeneração, que é natural. O exercício regular fortalece os músculos, realinha a postura, promove o alongamento e dá consciência corporal. É o caso do pilates terapêutico, por exemplo. Adotar uma dieta balanceada, rica em cálcio, também é importantíssimo, bem como pegar sol, sempre que possível, até às 10h ou após as 16h – explica o Dr. Antônio D’Almeida, fisiatra e reumatologista do CREB

O Dr. Antônio lembra que a idade avançada é um fator natural que contribui para o quadro de doenças crônicas. Mas levar uma vida saudável pode atenuar os efeitos das doenças.

– Anos de má postura trazem efeitos cumulativos que alteram o nosso funcionamento musculoesquelético. As doenças degenerativas também têm impacto na postura, mesmo que seus efeitos não sejam sobre o esqueleto ou grupos musculares, porque podem desencadear um mecanismo de compensação. O paciente sente dor ou desconforto ao realizar um movimento, por exemplo, e altera o alinhamento postural para compensar a sensação ruim. Isso muda todo o equilíbrio físico e compromete as demais articulações. Um joelho afetado pela artrite, por exemplo, pode alterar o padrão da caminhada, o alinhamento do quadril, da coluna e até o movimento dos braços – explica o médico.

O médico do CREB explica que a pessoa da terceira idade sofre com a perda natural da elasticidade e do tônus muscular do corpo. A falta de exercício físico e uma alimentação desregrada e não saudável intensifica esse processo. Assim, muitas vezes, atividades simples, como segurar pelo cabo uma panela de feijão, torna-se um suplício.

– É preciso procurar um especialista do aparelho locomotor, para um acompanhamento constante e de perto. Certamente é possível recuperar parte da qualidade de vida perdida – finaliza ele.