Ao contrário do que muita gente pensa, a atrite reumatóide não é uma doença que acomete apenas pessoas da terceira idade. Mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos são as principais vítimas da doença, que atinge as articulações, provoca dor intensa e, muitas vezes impossibilita a realização de determinados movimentos. “Muitas pessoas acreditam que as doenças reumáticas são exclusivas na terceira idade, o que é um engano. A artrite reumatóide, por exemplo, afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e logo que surge, aos primeiros sinais, como por exemplo dor nas juntas, em especial das mãos e dos pés, deve-se procurar um médico reumatologista”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo o médico do CREB, a principal da artrite reumatóide é a inflamação nas articulações, que geralmente ocorre de modo simétrico, ou seja, envolve a articulação do lado direito e esquerdo. “Como a doença é sistêmica, outros órgãos como olhos, coração e pulmões podem ser acometidos”, explica ele. O Dr. Haim Maleh diz que um dos sintomas comuns da doença, além da dor constante, é uma fadiga inexplicável e rigidez após períodos de inatividade, principalmente pela manhã. “Alguns pacientes apresentam pequenas nodulações embaixo da pele, principalmente próximo aos cotovelos, que são os chamados nódulos reumatóides”, acrescenta.
Para chegar ao diagnóstico da artrite reumatóide, o reumatologista analisa a história clínica do paciente, realiza exames físicos das articulações e solicita análise laboratorial, radiografias e, em algumas ocasiões, ultrassonografia das áreas acometidas. Exames de sangue também auxiliam na avaliação do processo inflamatório. A doença ainda não tem sua causa descoberta. “Sabe-se apenas que ocorre uma resposta anormal do sistema imunológico, que passa a atacar as articulações, causando a dor e o inchaço”, afirma o Dr. Haim. Estima-se que 21 milhões de pessoas sofrem da doença no mundo, dos quais 1,5 milhão no Brasil. Atualmente, a artrite reumatóide tem tratamento, que traz alívio da dor, bem estar e previne alterações articulares, quando iniciado precocemente. O tratamento deverá sempre, além de medicamentos, contar com a reabilitação física, entre as quais eletroterapia, cinesioterapia ,acupuntura e hidroterapia, que é uma medida de grande auxílio para esses pacientes, especialmente quando realizada em piscinas apropriadas, como nas do CREB.
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