Outubro Rosa e Novembro Azul: a cor muda, mas a luta pela saúde continua
Os meses de outubro e novembro são marcados por campanhas importantes no calendário da saúde: o Outubro Rosa e o Novembro Azul.
Essas iniciativas visam conscientizar sobre o câncer de mama e o câncer de próstata, promovendo a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Através dessas campanhas, buscamos não só reforçar a detecção precoce como forma de salvar vidas, mas também sensibilizar a sociedade para a necessidade de quebrar preconceitos e tabus em torno dos cuidados com a saúde íntima.
A Importância dos Cuidados Preventivos
O câncer de mama e o câncer de próstata estão entre os tipos de câncer mais comuns, e o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. A mamografia e o autoexame são fundamentais para a detecção precoce do câncer de mama, assim como o exame de toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico) são essenciais para o diagnóstico do câncer de próstata.
No entanto, muitos homens ainda resistem a esses exames devido a tabus e preconceitos. Essa resistência, no entanto, pode trazer consequências graves, já que o câncer de próstata, quando detectado em fases iniciais, apresenta uma taxa de cura de até 90%.
O Novembro Azul, portanto, é um lembrete importante de que a prevenção deve ser prioritária, e os homens, especialmente a partir dos 50 anos (ou 45 anos, para aqueles com histórico familiar da doença), devem adotar uma postura de cuidado e responsabilidade com a própria saúde.
Para as mulheres, o Outubro Rosa reforça a importância de realizar exames regularmente e de falar abertamente sobre questões de saúde íntima, como a incontinência urinária. De acordo com estudos, cerca de 1 em cada 4 mulheres no Brasil sofre com algum grau de incontinência urinária, problema que afeta sua qualidade de vida e pode ser agravado em fases como a menopausa ou após gestações.
Faixas Etárias Mais Suscetíveis
No caso das mulheres, o risco de câncer de mama aumenta com a idade, sendo mais comum após os 40 anos. Já para os homens, o câncer de próstata também apresenta maior prevalência a partir dos 50 anos. Além disso, a incidência de problemas de incontinência urinária e disfunções perineais cresce em ambos os sexos à medida que envelhecemos, sendo também comuns em mulheres no período pós-parto e em homens após tratamentos oncológicos.
A Reabilitação Perineal e a Qualidade de Vida
Problemas como a incontinência urinária e a disfunção do assoalho pélvico ainda são considerados tabus, fazendo com que muitas pessoas enfrentem esses desafios em silêncio. A Reabilitação Perineal é uma técnica de fisioterapia que visa fortalecer e reeducar a musculatura do assoalho pélvico, ajudando a combater sintomas de incontinência e melhorando o bem-estar íntimo de homens e mulheres.
A reabilitação perineal pode ser uma excelente alternativa tanto para mulheres que enfrentam dificuldades após o parto ou durante a menopausa, quanto para homens que passaram por tratamentos de câncer de próstata. Além de aumentar a autonomia, essa técnica reduz desconfortos e permite que a pessoa tenha uma vida mais ativa e livre de incômodos.
Conclusão: Quebrando Tabus e Priorizando a Saúde Íntima
Nos meses de outubro e novembro, o CREB reforça a importância de priorizar a saúde íntima sem preconceitos. O convite é para que todos busquem orientação especializada e priorizem a qualidade de vida, lembrando que a saúde íntima não é algo a ser deixado em segundo plano.
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Incontinência urinária pode trazer vários problemas para a saúde
Doença que atinge cerca de 5% dos homens após a retirada da próstata, 35% das mulheres durante o climatério, além de grávidas, mulheres no pós-parto e idosos
A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina. Tal situação pode ocorrer em ocasiões cotidianas, como durante uma tosse, um espirro ou durante algum esforço físico, já que tais atividades faz pressão interna nos órgãos abdominais.
Em casos mais extremos, a urina sai sem qualquer tipo de esforço da pessoa acometida. A causa mais comum é o enfraquecimento dos músculos da bexiga, responsáveis pelo controle da micção ou por uma hiperatividade da bexiga.
Quando as pessoas acometidas não conseguem esvaziar plenamente a bexiga pode acontecer a incontinência urinária por transbordamento. São pequenos e frequentes escapes de urina, o que resulta em uma grande perda ao longo do dia. É comum, aponta a Barbara Lopes, fisioterapeuta especializada em reabilitação urogenital do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, acontecer em homens com obstrução infra vesical, isto é, nos pacientes que tem uma obstrução à saída de urina, causada pelo aumento da próstata.
A incontinência urinária pode trazer vários problemas. A pielonefrite, por exemplo, são infecções que se não tratadas podem chegar aos rins e provocar uma infecção generalizada. Também pode provocar problemas na pele: quem sofre da doença pode ficar em contato com a urina por um longo tempo. Vale lembrar que a urina tem compostos tóxicos e irritativos para a nossa pele. Outra questão muito séria é o comprometimento social. Muitos pacientes não conseguem controlar a micção e, por isso, deixam de fazer atividades fora de casa, prejudicando o convívio social. A boa notícia é que a doença tem tratamento, que no CREB, que tem um setor especializado no assunto, é individualizado.
Bursite pode acometer os ombros, os quadris e os cotovelos
No interior de nossas articulações temos uma bolsa cheia de líquido sinovial, a chamada bursa sinovial
No interior de nossas articulações temos uma bolsa cheia de líquido sinovial, a chamada bursa sinovial. Ela funciona como uma espécie de uma pequena almofada, que nos traz conforto. Quando essa bolsa se inflama, temos a bursite.
Na maior parte das vezes, a bursite é consequência de um traumatismo ou de uma infecção articular, explica o Dr. Ricardo Sheps, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. “O uso excessivo e repetitivo das articulações podem provocar lesões por esforços, causando uma bursite. As artrites também são causas comuns desta inflamação da bursa sinovial”, acrescenta.
De acordo com o Dr. Ricardo, os ombros, os quadris e os cotovelos são as regiões mais acometidas. “A bursite nos ombros é muito comum. Profissionais que trabalham o dia inteiro no computador, por exemplo, e não tomam os devidos cuidados com a postura e não usam móveis ergonômicos são sérios candidatos a uma bursite nos ombros”, destaca o ortopedista do CREB.
A bursite tem tratamento
A boa notícia é que a bursite tem tratamento, que devolve ao paciente a qualidade de vida perdida. Além do uso de medicamentos, o ortopedista prescreverá um programa específico e individualizado de fisioterapia. “Precisamos fortalecer os músculos da articulação comprometida. Outra necessidade é restaurar completamente a amplitude dos movimentos articulares. A fisioterapia atua neste sentido”, garante.
Segundo o médico, o CREB adota protocolos que incluem acupuntura e hidroterapia, o que tem trazido muito sucesso no tratamento, reduzindo seu tempo. Para diagnosticar a bursite, além do exame clínico o médico solicitará uma ultrassonografia. “Em casos mais extremos, optamos, aqui no CREB, pela TOC – Terapia de Ondas de Choque, uma terapia adotada em casos mais extremos e que resolve até 85% dos casos que a fisioterapia não dá conta, evitando a necessidade de cirurgia”, finaliza ele.