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A eficácia do etanercept para os pacientes com amiloidose

 

O tratamento com etanercept foi mais eficaz do que o tratamento com ciclofosfamida para pacientes com amiloidose. É o que garantem cientistas que publicaram artigo na revista Rheumatology . O estudo diz também que a proteína C-reactiva (PCR), a albumina e a taxa de filtração glomerular estimada puderam ser biomarcadores úteis para a análise.

“O alelo de amiloide A 1.3 no soro não foi um fator que afetou o tratamento em pacientes japoneses com amiloidose AA secundária a artrite reumatoide. A ciclofosfamida e o etanercepte (ETN) foram administrados a 62 e a 24 pacientes com artrite reumatoide, respectivamente, nos quais se confirmou o diagnóstico da amiloidose AA por biópsia.
Os autores avaliaram se o alelo SAA1.3, um fator que indica um risco genético e um mau prognóstico para os pacientes japoneses com artrite reumatoide e amiloidose AA, influenciaram os tratamentos e a análise retrospectiva da eficácia das duas drogas, mediante os métodos estatísticos”, divulgou o site medCenter.com, à respeito do artigo publicado.

Os resultados da pesquisa foram:

• Dois grupos de tratamento foram semelhantes, exceto pelo genótipo SAA1.3 (p=0,015) e pela duração da amiloidose AA, a partir do diagnóstico (p

• Os pacientes que receberam o etanercepte tinham uma função renal ligeiramente mais deficiente, ou seja, uma proteinúria em 24 horas (p = 0,02), ao início do tratamento.

• O etanercepte demonstrou mais eficácia do que a ciclofosfamida, segundo se demonstrou pelas concentrações significativamente menores da PCR no soro (P para ambos

• O alelo SAA1.3 não alterou a resposta às drogas em pacientes com amiloidose AA secundária a artrite reumatóide.

– O etanercept pode ser futuramente uma nova opção de tratamento para pacientes com amiloidose, para manejo da proteinúria, tendo como vantagem a menor toxicidade se comparada a ciclofosfamida, que oferece risco de infertilidade e cistite hemorrágica . Mais estudos são necessários para confirmar a aplicabilidade da medicação – explica o fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e professor da UFRJ, Dr. Haim Maleh.