Publicado na revista científica Arthritis & Rheumatism, um estudo da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, revelou que a incidência de artrite reumatóide entre as mulheres cresceu significativamente entre 1995 e 2007 naquele país. Os estudos apontaram um aumento de 2,5% por ano na incidência de artrite entre as mulheres no período, enquanto entre os homens houve uma redução de 0, 5% nessa taxa. Os pesquisadores indicam o crescimento da doença a fatores como o tabagismo, a deficiência de vitamina D e a menor dose de estrógeno nas pílulas anticoncepcionais.
A artrite reumatóide caracteriza-se por inflamação das articulações, provocada por uma reação inflamatória, com presença de algumas substâncias, entre elas a interleucina 6, que destroem progressivamente a cartilagem e os ossos ao redor das articulações, causando dor, edema e prejudicando sua função e limitando os movimentos. Além do comprometimento das articulações, ocorrem sintomas físicos como cansaço intenso, decorrente da anemia que a doença provoca. Os sintomas iniciais são fadiga inexplicável, rigidez prolongada das articulações pela manhã, além de edema e vermelhidão. Esse quadro muitas vezes é confundido com o reumatismo comum, o que retarda o diagnóstico correto e o início precoce do tratamento.
O crescimento da doença não se limita aos Estados Unidos. Só no Brasil, mais de 1,5 milhão de pessoas têm artrite reumatóide e muitas vezes ficam impossibilitadas de trabalhar e realizar atividades simples do cotidiano. “Ao contrário do que muita gente pensa, a atrite reumatóide não é uma doença que acomete apenas pessoas da terceira idade. Mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos são as principais vítimas da doença. Muitas pessoas acreditam que as doenças reumáticas são exclusivas na terceira idade, o que é um engano. A artrite reumatóide, por exemplo, afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e logo que surge, aos primeiros sinais, como dor nas juntas, em especial das mãos e dos pés, deve-se procurar um médico reumatologista”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
A doença exige tratamento contínuo e um dos problemas encontrados é a demora para diagnosticá-la. O médico deve analisar a história clínica do paciente, realizar exames físicos das articulações e solicitar análise laboratorial, radiografias e, em algumas ocasiões, ultrassonografia das áreas acometidas, além de exame de sangue. “A artrite reumatóide é uma doença de longa evolução. Há tratamentos, que estão cada vez mais avançados, sendo possível devolver ao paciente a qualidade de vida perdida. O tratamento traz alívio da dor, bem estar e principalmente pode evitar e prevenir alterações articulares, quando iniciado precocemente”, afirma. Segundo ele, o tratamento deverá sempre, além de medicamentos, contar com a reabilitação física, entre as quais eletroterapia, cinesioterapia, acupuntura e hidroterapia, realizada em piscinas apropriadas, como nas que são utilizadas no CREB.
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