Também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, quadril, mãos e dedos. Mas quem pensa que essa doença acomete apenas idosos está muito enganado. Um número cada vez maior de pessoas entre 30 e 50 anos têm sofrido dores provocadas pelo desgaste das articulações de joelhos, quadris, tornozelos e coluna.
Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que debateu o tema em seu 42º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia (CBOT), 10% da população nesta faixa etária apresenta esse problema de saúde. “As estatísticas apontam que 60% das pessoas na terceira idade sofrem com a artrose. Neste caso, é um desgaste comum devido à idade. Mas no caso de pessoas entre 30 e 50 anos, a artrose geralmente é fruto de trauma, uma carga excessiva de exercícios quando mais jovem. E o número de pessoas nesta faixa etária nos consultórios médicos, com diagnóstico de artrose, é cada vez maior”, alerta o reumatologista e fisiatra Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo o médico, o diagnóstico precoce da artrose é fundamental. “O desvio do eixo de um membro que dói e a dificuldade de movimentá-lo pode significar artrose. Se diagnosticarmos a doença mais cedo, podemos mudar a rotina de exercícios pesados da pessoa. Por isso consultar um médico especialista ao menor sinal de dores é tão importante. As pessoas muitas vezes costumam não dar atenção a estas pequenas dores, acreditando que são passageiras e normais. Mas dor é um sintoma. Em qualquer esporte há sobrecarga. É preciso estar atento”, explica ele.
“No início a artrose pode não apresentar sintomas. Mas poderá ser diagnosticada através de exames de imagem. A dor é o principal sintoma. Em um primeiro momento, a dor acontece com a movimentação da articulação afetada, mas pode progredir para dores até durante o repouso. Pode evoluir para diminuição dos movimentos, ruído na articulação (crepitações), inchaço na articulação, deformidades e falta de firmeza ao realizar movimentos. O tratamento visa e traz o alívio do quadro doloroso, maior mobilidade articular e melhora na qualidade de vida e pode ser através de medidas medicamentosas e de reabilitação física, com protocolos que incluem eletroterapia, exercícios corretivos, hidroterapia e acupuntura. A atividade física regular é essencial, bem como uma alimentação regrada”, diz o Dr. Haim Maleh. O fisiatra ressalta que o tratamento deverá ser individualizado para cada paciente.
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