Válido para atletas amadores ou profissionais, o estudo aponta fragilidades no organismo, mesmo após a recuperação da doença, que merecem toda a atenção.
De acordo com o estudo, os atletas são recomendados a jamais minimizar os riscos da doença, que pode deixar rastros muitas vezes invisíveis. Uma das preocupações é com a saúde do coração. Segundo o estudo, o pós-Covid19 pode trazer, miocardite e formas de arritmia cardíaca, além de provocar exaustão em muitos pacientes que venceram o novo coronavírus.
– O que se pode perceber, até o momento, é que o quadro de exaustão é muito comum no pós-doença. Por conta do isolamento social, até mesmo quem não teve a doença diagnosticada pode apresentar perda de massa. Um estudo com 2700 pessoas apontou que 44% tiveram a massa magra reduzida em média 700 gramas, mesmo entre pessoas que não foram contaminadas pelo novo coronavírus. Claro que isso traz repercussões, principalmente em atletas que tiveram a doença – explica o ortopedista e especialista em medicina do esporte Rodrigo Kaz, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo ele, atletas também podem apresentar redução da capacidade respiratória, consequência da diminuição das mitocôndrias, complexo enzimático que produz energia.
– As repercussões não são as mesmas para todos. Mas temos percebido que em geral a capacidade respiratório do paciente pós-Covid19 apresenta nítida redução – garante.
Reabilitação física é fundamental para pacientes que estiveram internados
De acordo com o Dr. Rodrigo, é absolutamente recomendável a pacientes que forma internados e venceram a Covid-19 procurar o seu médico para avaliar a necessidade de um programa de reabilitação, que envolva, por exemplo, sessões de fisioterapia.
– A maior parte dos pacientes que foram infectados e internados por conta da Covid-19 precisa de atendimento especializado para recuperarem integralmente sua qualidade de vida. Muitos pacientes evoluem da doença com fraqueza muscular, déficit de marcha, limitações físicas e funcionais, perda de equilíbrio e até déficits neurológicos, decorrentes de uma internação demorada e sequelas diretas da doença. A reabilitação alivia a dor e devolve a qualidade de vida perdida – justifica o ortopedista do CREB.
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