CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

AVC já é a 1ª causa de morte a partir de 65 anos no Brasil

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O AVC – Acidente Vascular Cerebral – já é, segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira causa de morte em pessoas a partir de 65 anos no Brasil. Também é a primeira causa de morte de mulheres em geral, passando, inclusive, as estatísticas de morte por câncer de mama. Nos Estados Unidos, são 780 mil casos de AVC ao ano, o que representa um AVC a cada 40 segundos. E desse total, 600 mil referem-se ao primeiro episódio da doença. “É uma doença de alta mortalidade e alta morbidade, ou seja, temos muitos óbitos e quem sobrevive pode ficar com graves seqüelas”, pontua o médico responsável pelo setor de reabilitação neurológica do CREBCentro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Flávio Costa.

Segundo o médico do CREB, a prevenção ao AVC é basicamente o controle dos riscos das doenças cardiovasculares. “É preciso controlar a hipertensão arterial, a diabetes, os níveis de colesterol e o peso. Damos muito valor ao diâmetro da cintura do paciente, que pode ser mais um indicativo de predisposição para doenças cardiovasculares”, explica o Dr. Flávio. “Em países em desenvolvimento, a pressão arterial não é controlada como deveria e é nos países desenvolvidos. Esse controle protege ainda mais contra o AVC”, complementa ele.

O Dr. Flávio diz que para aqueles que tiveram um AVC é muito importante traçar um programa de prevenção secundária e reabilitação. “É preciso se proteger de um novo AVC e buscar a reabilitação para as seqüelas. Para evitar um novo Acidente Vascular Cerebral é preciso controlar os fatores de risco. Um programa de reabilitação também é fundamental, pois poderá devolver qualidade de vida ao paciente. Esse programa é multi-profissional e envolve médicos, fisioterapeutas, terapia ocupacional e fonoaudiólogos, dependendo, naturalmente, da gravidade das seqüelas”, ensina.

Uma destas seqüelas do AVC, muito comuns, é a espasticidade, quando o músculo fica rígido, limitando a amplitude de movimentos articulares e causando dor. Nestes casos, explica o Dr. Flávio, a aplicação da Toxina Botulínica Tipo A traz excelentes resultados. “Existem vários estudos científicos que apresentam excelentes resultados após o uso da Toxina Botulínica Tipo A, devolvendo a qualidade de vida perdia. Obviamente que há seqüelas menos e mais graves, mas um programa de reabilitação multi-profissional pode melhorar de fato a qualidade de vida de um paciente pós AVC”, garante o Dr. Flávio.

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