Ao lado de amamentar, carregar o bebê no colo é considerada uma das atividades mais prazerosas na relação mãe e bebê. Mas se o prazer se justifica pelo afeto e carinho, há que se concordar que muitas vezes essa atividade provoca intensas dores na coluna. E quanto mais cresce a criança, maior é a dor. A ponto que em determinados casos a mãe precisa até evitar pegar a criança no colo para não agravar seu quadro de dor.
“Dores na coluna são uma reclamação comum entre mães de bebês. E essas dores perduram até a criança chegar aos dois anos, período no qual o colo é uma constância. As transformações do corpo para abrir espaço para o desenvolvimento do feto no útero durante a gestação incluem a movimentação dos ossos da coluna. Após o parto, ainda com os ossos e músculos voltando a seus lugares, a mãe já entra na maratona de carregar o bebê. Essas dores podem se transformar em um problema crônico”, explica Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo ele, é justamente para diminuir o peso que sobrecarrega a coluna e, conseqüentemente, evitar as dores, que diferentes povos buscam suas soluções. As mães africanas, indianas e índias nativas das Américas há milhares de anos desenvolveram uma técnica para prender seus bebês aos seus corpo para transportá-los ou mesmo para possibilitar o trabalho do dia a dia. É inspirado nesta técnica que se difundiu nos Estados Unidos o que eles chamam de babysling, que nada mais é do que uma faixa de dois metros de comprimento que amarrada nas pontas forma uma espécie de bolsa, onde é colocado o bebê. No Brasil esta técnica vem sendo cada vez mais difundida.
“O babysling é muito prático, pois deixa as duas mãos da mãe livres, para a execução de qualquer tarefa. E o bebê fica muito bem acomodado. Além disso, a proximidade permite que os bebês escutem os batimentos cardíacos da mãe, o que traz a sensação do aconchego do útero. O peso fica muito bem distribuído, oferecendo a mulher menos esforço porque o pano tem pontos de apoio nos ombros e nas costas. E se não bastasse, o acessório oferece muita segurança, pois o babysling é fechado com argolas e até velcro. As únicas recomendações que fazemos é que os pais verifiquem se a costura está em bom estado e se o pano não está cobrindo o rostinho do bebê. Também é preciso lembrar que o acessório não é adequado para uso ao andar de bicicleta e que no carro o certo é fazer uso da cadeirinha presa ao banco. Por último, uma dica: se vor utilizar o babysling por um longo período, faça alongamentos antes e depois”, finaliza o médico do CREB.
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