A Síndrome da Bexiga Hiperativa (BH) afeta a qualidade de vida, causa isolamento social, frustração, ansiedade e, até por isso, depressão. A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define a Síndrome da Bexiga Hiperativa como urgência miccional, com ou sem incontinência de urgência, geralmente acompanhada por frequência e noctúria. O diagnóstico é clínico e é determinado quando afastada a infecção urinária ou outra causa evidente. Consiste na presença de contrações vesicais involuntárias durante a fase de enchimento, não permitindo o controle da bexiga. Isso gera desconforto, urgência para urinar e até perda miccional.
Segundo as estatísticas, mais de 30% daqueles que têm mais de 75 anos são afetados pela doença. “A BH é causada por vários fatores, como diminuição da resposta inibitória do arco reflexo da micção pelo sistema nervoso central. Doenças como o AVE podem contribuir para esse quadro. Também podemos encontrar causas miogênicas, como alteração estrutural e ultraestrutural primária do detrusor; e alterações do urotélio, que podem aumentar as informações aferentes, que são interpretadas pelos centros superiores como uma necessidade imperiosa de urinar. Quando a causa é indeterminada, ela é chamada Bexiga Hiperativa Idiopática”, explica Handerson Meurer, coordenador de fisioterapia do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
A boa notícia é que a doença tem tratamento. “A Fisioterapia é um tratamento conservador simples, de baixo custo e é considerado de primeira linha no trato da Bexiga Hiperativa. Não invasiva e com pouquíssimas contraindicações, proporciona a reabilitação do assoalho pélvico por meio de exercícios de contração e relaxamento da musculatura, com uso de eletroestimulação e biofeedback. Seu resultado é comprovadamente eficaz, levando a bexiga a contrair menos e oferecendo ao paciente a consciência do próprio corpo e o controle da micção”, garante o fisioterapeuta.
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