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Uma boa noite de sono começa no colchão ideal

Uma boa noite de sono é fundamental para a nossa saúde. Dormir bem é revigorante, aumenta a disposição, favorece a memória, a concentração, a atenção e o raciocínio. Uma noite bem dormida é tão importante que pode-se dizer que uma boa qualidade de vida certamente começa na cama. É muito importante saber que o inverso também se aplica. Ou seja, uma noite mal dormida pode resultar em insônia, dores pelo corpo, dor lombar e uma série de outros problemas que certamente afetarão a sua qualidade de vida.

A qualidade do seu sono começa na escolha correto do colchão. Segundo Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – o colchão deve oferecer conforto e relaxar o usuário. O Dr. Haim observa que quando dormimos, relaxamos e, assim, perdemos o controle sobre as nossas posições. “Por isso a escolha do colchão é fundamental. Se o produto não oferecer o suporte adequado ao nosso corpo, não contribuirá para o correto alinhamento postural e aí começam os problemas”, garante ele. “A maioria das pessoas age como se o sono fosse uma simples atividade do dia a dia. Dorme pouco, mal, em um colchão e com travesseiros inapropriados. Noites mal dormidas podem se transformar em mau humor, dor na coluna, dor de cabeça, indisposição e, mais do que isso, menos qualidade de vida”, diz.

A principal dica do médico do CREB é experimentar o colchão antes de comprá-lo. “Vá até a loja, deite e observe se o colchão lhe é confortável. Mude de posição e perceba se o colchão é firme e se molda ao seu corpo. Fique atento também à densidade da espuma, que deve ser condizente ao seu peso”, explica ele. Segundo o reumatologista e fisiatra, o mercado oferece colchão de molas e de espuma. Ambos podem ser apropriados. “Colchões de mola são mais firmes e permitem o alinhamento central da coluna vertebral. Os de espuma são mais flexíveis, mas duram menos. Depois de um  tempo, forma-se um buraco central que oprime a coluna e obriga a pessoa a se adaptar ao colchão e não o contrário. O importante é que as curvas normais da coluna sejam preenchidas e a musculatura e estrutura óssea encontrem apoio e relaxamento”, alerta.

– A cada seis meses, faça um rodízio do colchão em 180 graus, para que não haja sobrecarga. E esteja atento ao encaixe correto do produto na cama, evitando o comprometimento do material – acrescenta ele.

Mas não é só o colchão que merece a nossa atenção. O travesseiro também. A melhor escolha é o travesseiro feito de viscoelástico, que se molda à posição corporal. Travesseiros feitos com material orgânico não são ideais pois acumulam ácaros e prejudicam a postura do corpo por serem muito moles. Segundo o médico, o mais importante é que o travesseiro não seja alto nem baixo demais. “Ele deve preencher o espaço entre a cama e a cabeça sem comprimir a coluna, mantendo-a reta”, ensina.

A posição ao dormir também é importante para um sono reparador. “Muita gente tem o hábito de dormir de bruços. Este hábito pode causar danos à coluna cervical e lombar, sendo uma das principais origens de dores de cabeça, tonteira, zumbido no ouvido e dormência no braço. O ideal é dormir de lado, com as pernas levemente curvadas ou de barriga para cima”, diz.

– Durante o sono nosso corpo produz seratonina, substância P e melatonina, substâncias que produzem sensação de bem-estar e agem como filtros do nosso organismo a situação de estresse e ansiedade. É também durante o sono que aumentamos nossa capacidade de produzir defesas e mais nutrientes. O ser humano precisa de, em média, sete horas de sono bom e regular para uma qualidade de vida melhor. Muita gente não dá a devida importância a esse assunto, mas é importante observar que a qualidade de vida certamente começa numa boa noite de sono. Aqueles que não dormem bem precisam procurar um fisiatra ou reumatologista para que possa receber as orientações necessárias, em busca de uma boa noite de sono – finaliza o Dr. Haim Maleh.


Pilates é excelente para reforçar a musculatura e prevenir dores na coluna

Muita gente acredita que somente pessoas mais velhas sentem dores na coluna e que se um jovem ocasionalmente sente dor na região, é fruto de um esforço a mais ou um mal jeito qualquer. Isso definitivamente não é verdade. “Dor na coluna é uma das a maiores reclamação da maioria das pessoas quando se trata de mudança de estilo de vida. As dores poderão aparecer de forma progressiva ou de uma só vez. Quando isso acontece, acontece, grande parte dos pacientes tomam a pior providência: a auto-medicação. Dor na coluna pode ser o grito de alerta de que alguma coisa não vai bem,  é um sintoma de uma série de problemas e só um médico poderá diagnosticá-la”, afirma Haim Maleh, fisiatra, especialista em coluna, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o médico do CREB, as dores na coluna são mais comuns em pessoas da segunda e terceira idades e entre aqueles que levam uma vida sedentária, além de pessoas que estão acima do peso ideal. “Uma das  melhores  formas de manter seus músculos saudáveis é a prática de Pilates, que fortalece a musculatura, assegurando um melhor suporte para coluna, maior flexibilidade e uma melhor postura.  Este tipo de exercício pode ser praticado por qualquer pessoa, seja de que idade for, desde que devidamente orientado pelo médico. Cada um faz os exercícios no seu ritmo e irá encontrar os resultados positivos no seu próprio tempo”, afirma o Dr. Haim Maleh.

 – É importante ressaltar que as dores na coluna não desapareceram sozinhas. O que poderá acontecer é que haja um alívio das dores após uma determinada crise. Por isso é fundamental consultar um médico e evitar a auto-medicação. Se as dores não forem tratadas, tendem a voltar. O Pilates é uma ótima forma de prevenção e de melhora destes sintomas – finaliza ele.


Prevenção pode evitar dores na coluna

As estatísticas mundiais são taxativas: 85% de toda a população tem, teve ou terá dor na coluna. Isso significa que em cada grupo de 1 mil pessoas, apenas 150 não sofrerão os infortúnios de sentir dor na coluna vertebral. Mas como é possível estar dentro deste grupo tão seleto? É preciso uma conjugação de fatores, que vão desde o hábito de uma boa postura até a realização de exercícios físicos regulares. A alimentação, uma boa noite de sono com travesseiro, colchão e posição corretos e até o tipo de calçado, entre outros itens, também fazem a diferença.

Então, como agir? O que fazer? O primeiro grande passo, ensina o ortopedista do CREB – Centro de Regumatologia e Ortopedia Botafogo – Marcio Taubman, é procurar um médico especialista. “Muitas vezes, a pessoa sente leves dores na coluna mas acha que aquilo é passageiro, que é fruto de uma noite mal dormida ou de uma partida de futebol mais intensa. Então, não procura um médico e, o que é pior, se automedica com algum antiinflamatório. Um pequeno problema, que pode ser fácil de resolver, provavelmente poderá vir a se transformar em um problema mais sério e de tratamento mais demorado. Ir ao médico é fundamental”, ensina ele.

Segundo o ortopedista, é muito importante que as pessoas façam uma avaliação postural e uma avaliação estrutural da coluna, para descobrir, por exemplo, se há algum desvio que poderá causar problemas futuros. “Muitas vezes, a pessoa nada sente, mas pelo tipo de vida que leva, por sua postura ou até pela avaliação estrutural de sua coluna podemos perceber que é preciso iniciar um tratamento”, explica ele. O Dr. Marcio ressalta que o RPG – Reeducação Postural Global – é uma excelente indicação para as pessoas readquirirem a melhor postura e o Pilates também pode ser adotado para o fortalecimento da musculatura. Ele também indica a hidroterapia como é feita no CREB, com piscina com água aquecida a 32 ou 33 graus, coberta e com facilidade de acesso, que por ser feita na água não tem impacto, associada muitas vezes à acupuntura. “Essa associação possibilita a utilização de menos medicamentos e, portanto, menor agressão ao organismo”, esclarece ele.

No consultório do Dr. Marcio Taubman, os principais casos entre jovens são de doenças do disco invertebral, como as discopatias, degenerações discais e hérnias de disco. Já para pessoas mais idosas, o quadro é parecido, mas é mais relacionado à artrose e a estenose do canal lombar. Em relação a coluna cervical é muito frequente além da dor e sensação de peso no pescoço ou na região, dormência e sensação de edema nas mãos pela manhã e, muitas vezes, tonteira, zumbido no ouvido e lacrimejamento nos olhos. “Cada pessoa requer uma avaliação específica. Exames físicos, avaliação postural, exames de imagens e, ocasionalmente, eletroneuromiografia, indicarão o tratamento. Temos protocolos que trazem muito sucesso no tratamento, com fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, RPG e Pilates. Mas é preciso que a pessoa procure um médico”, finaliza ele.