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A fisioterapia no tratamento da incontinência urinária no pós-operatório da prostatectomia radical

Considerado um procedimento cirúrgico eficaz para o tratamento do câncer de próstata, a Prostectomia pode provocar no paciente a incontinência urinária. A boa notícia é que essa complicação pode ser tratada com fisioterapia, com bons resultados, devo...

Considerado um procedimento cirúrgico eficaz para o tratamento do câncer de próstata, a Prostectomia pode provocar no paciente a incontinência urinária. A boa notícia é que essa complicação pode ser tratada com fisioterapia, com bons resultados, devolvendo ao paciente a qualidade de vida perdida.

“A Incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. Apesar de não ser considerada doença, a incontinência urinária tem impacto negativo na qualidade de vida do indivíduo, podendo afetar a autoestima, atrapalhar o sono, as atividades laborais, a vida íntima e sexual, além de elevar o risco de quedas e fraturas em idosos. A ocorrência de incontinência urinária após a prostatectomia radical acontece devido lesões no esfíncter interno, que, nesse procedimento, é quase que integralmente ressecado, bem como as porções proximais do esfíncter externo”, explica a fisioterapeuta Waleska Rocha, staff do serviço de reabilitação uroginecológica do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo a profissional, o tratamento de reabilitação física é considerado de primeira linha para a incontinência urinária, devido a sua natureza não-invasiva, indolor e o alto nível de satisfação em relação à melhora dos sintomas, e a possibilidade de combinação com outros tratamentos. “No CREB utilizamos, entre outras medidas de fisioterapia, a reabilitação perineal com Biofeedback, eletroestimulação e exercícios dirigidos para a musculatura do assoalho pélvico. Esses métodos de tratamento já consagrados, costumam trazer muita satisfação e alegria as pessoas com essas queixas, que tem a oportunidade de se livrar da incontinência urinária”, completa Waleska.


Pilates, atividade ideal para a terceira idade

A prática de atividade física regular na terceira idade é tão importante quanto necessária, e o número de pessoas que seguem essa orientação cresce a cada dia. Uma das opções mais procuradas – e recomendadas pelos médicos – é o Pilates. “O pilates é uma atividade que fortalece a musculatura mais profunda e, assim, ajuda a prevenir doenças como artrose, osteoporose e artrite”, garante o fisiatra e reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O Dr. Eduardo pontua que a pessoa da terceira idade deve ter alguns cuidados na prática regular de exercícios físicos, e que o Pilates é ideal porque pode ser feito no tempo e dentro das possibilidades do praticante. “A atividade pode ser praticada três vezes por semana. No CREB, possuímos um estúdio de pilates bem equipado, onde os pacientes são orientados por fisioterapeutas. Antes de iniciar a atividade, o idoso deve, porém, consultar um especialista”, avisa ele.

O Dr. Eduardo diz que o Pilates traz, também, a melhora do equilíbrio, melhora da postura, fortalecimento muscular, aumento da autoestima, melhor flexibilidade e coordenação motora e traz o idoso para o convívio social. “O pilates é uma atividade excelente para pessoas da terceira idade. Traz inúmeros benefícios e não exige mais do que o praticante pode oferecer de esforço físico”, finaliza ele.


Obesidade e sobrepeso podem agravar artrite reumatoide

Diferentes estudos revelam que a obesidade e o consequente sobrepeso podem desencadear processo inflamatório generalizado, com aumento do risco de desenvolvimento da artrite reumatoide. A obesidade pode contribuir para uma evolução mais severa da doença, bem como diminui as chances de eficácia do tratamento. “A atrite reumatoide só por ser uma doença inflamatória sistêmica já oferece um risco maior para doenças cardiovasculares, como infarto. A obesidade e mais um fator agravante”, afirma o Dr. Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e coordenador de Reumatologia do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A artrite reumatoide é uma doença sistêmica ligada a autoimunidade, que acomete as articulações, chegando até a possibilidade de comprometer sua função. Estatísticas apontam que a doença incide sobre 1% da população mundial. “A obesidade é um seríssimo problema de saúde pública em todo o mundo, e está associada a inúmeras doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes e doenças coronárias. Ela não deve ser desconsiderada no caso da artrite reumatoide, como comprovaram esses estudos”, afirma o Dr. Haim.

Uma pesquisa realizada na Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, conclui que a perda de peso melhora e ajuda a controlar as doenças crônicas. No caso de portadores de artrite reumatoide, aqueles que foram submetidos a cirurgia bariátrica apresentaram redução da inflamação articular, melhora dos marcadores inflamatórios no sangue e consequente redução do uso de medicamentos, o que também observamos em nossos pacientes. “Perder peso deve ser uma atitude seguida para portadores de artrite reumatoide também. No CREB, temos protocolos de reabilitação física que incluem, por exemplo, a prática de hidroterapia, em nossas piscinas apropriadas para a atividade, acupuntura e pilates, entre outros. Ao menor sinal de dor nas articulações, um reumatologista ou fisiatra deve ser procurado”, finaliza o médico.