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“Dor do crescimento” é muito comum em crianças de 3 a 13 anos

Problema que atinge principalmente a panturrilha, os joelhos e as coxas, a chamada “dor do crescimento” é muito mais comum do que se imagina e atinge crianças de 3 a 13 anos. De acordo com a ortopedista Flávia Junqueira, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – os pais devem ficar atentos e levar os filhos a um especialista quando a dor se tornar mais frequente.

“As crianças brincam muito, se exercitam o tempo inteiro, correm e abusam do movimento. Elas têm energia para isso. Durante a fase de crescimento, os ossos, os músculos e os tendões não crescem de maneira uniforme. Então, a dor é uma consequência natural, associada a esforço físico exagerado e movimentos excessivos”, explica a médica. Segundo ela, as dores normalmente acontecem à noite ou logo pela manhã, quando a criança acorda.

Apesar de ser considerada normal, a “dor do crescimento”, se sentida regularmente e for acompanhada de inchaços, vermelhidões e formigamentos, deve ser motivo para que os pais levem a criança a um ortopedista. “Embora não haja estatísticas oficiais, a ‘dor do crescimento’ é muito mais comum do que se imagina. E devemos ficar atentos a isso. Ainda que seja um reflexo natural do crescimento, nenhuma criança precisa ficar sentindo dor, o que é muito desagradável e pode até ser acompanhada de distúrbios emocionais. Nenhuma criança precisa parar de fazer sua atividade física, que é fundamental para sua saúde. Um ortopedista saberá como aliviar essas dores”, finaliza ela.


A cereja pode ser mais uma aliada no combate à gota

As cerejas podem ajudar a reduzir o risco de ataques de gota. É o que garante um estudo recém-publicado no jornal do Colégio Americano de Reumatologia (ACR), Arthritis & Rheumatism. Segundo o artigo, foram acompanhados mais de 630 pacientes com gota durante um ano inteiro e descobriram que aqueles que relataram ter comido meio copo de cerejas por dia (em torno de dez frutas) tiveram 35% menos chance de ter um ataque de gota. A descoberta valeu para a ingestão da fruta ou de seu extrato.

Segundo o Dr. Mendel Finkielman, reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, a artrite gotosa (popularmente conhecida como gota) não é uma doença exclusiva da terceira idade, como muita gente acredita que seja. Também não é uma doença articular, mas sim metabólica.

– No início, a dor pode começar atingindo o primeiro dedo do pé (podagra) ou mesmo outras articulações do pé, joelho e tornozelo, por exemplo. A presença de altos índices de ácido úrico é uma das características de uma pessoa com gota. Porém, não é determinante. O problema é o depósito de cristais do ácido úrico nas articulações, o que geralmente acontece por alteração do PH local. Uma pessoa pode ter um alto índice de ácido úrico e não desenvolver a doença, ao passo que outra pessoa pode ter índices normais e, ainda assim, ter gota. O ácido úrico se forma no organismo por conta do metabolismo das proteínas, em particular, um tipo de proteína chamada Purina. Alguns alimentos são mais ricos em purinas, como os frutos do mar, carne vermelha e miúdos. Quem tem gota deve evitar esses alimentos – explica o médico, pontuando que a gota é tratada com medicamentos, por meio de uma dieta específica e que consultar um reumatologista é fundamental para controlar a doença.


Consumir vitamina D ajuda a prevenir risco de fraturas

Consumir mais de 20µg (microgramas) de vitamina D ao dia pode reduzir em até 30% o risco de fraturas. É o que garante um estudo realizado em Zurique, na Suíça, com 31 mil pessoas, entre as quais 91% eram mulheres, com média de idade de 76 anos. “Essa pesquisa só confirma o que já se sabia: a vitamina D é uma grande aliada contra o risco de faturas e, por isso, deve ser regularmente ingerida, principalmente por idosos. Pacientes portadores de osteoporose incluem a vitamina D em sua dieta”, explica o Dr. Bernardo Stolnicki, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A própria Associação Americana de Médicos, dos EUA, tem recomendado que médicos receitem à pacientes com osteoporose a ingestão desta dose de Vitamina D. Já a Sociedade Americana de Estudos do Metabolismo Ósseo (ASBMR), também dos Estados Unidos, recomenda a ingestão de 30µg diárias. “A ingestão de cálcio é fundamental no tratamento da osteoporose. Seja através de uma alimentação balanceada e rica neste elemento ou mesmo por meio de comprimidos, o paciente deve consumir 1 mil miligramas de cálcio diariamente. Mas também deve-se receitar ao paciente a vitamina D. “A vitamina D é muito importante na mineralização óssea. É ela quem leva o cálcio para o osso, é a condutora. E hoje sabemos que pacientes idosos que tomam vitamina D melhoram o tônus muscular e o equilíbrio”, explica ele.

A Osteoporose, uma doença caracterizada pela perda de massa óssea e enfraquecimento dos ossos, torna as pessoas mais vulneráveis a fraturas, especialmente no punho, no quadril e na coluna. Segundo o Dr. Bernardo, o tratamento prevê medicação específica, dieta balanceada, prática de exercício físico e banho de sol. “Se a pessoa tem a tendência de ter a doença, não poderá evitá-la. Mas poderá retardá-la, buscando uma melhor qualidade de vida. Realizar exercícios físicos regularmente, tomar sol sempre e buscar uma dieta rica em cálcio são atitudes fundamentais na prevenção. Realizar um exame chamado densitometria óssea também ajuda muito em um tratamento de prevenção”, finaliza o médico do CREB.