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Osteoporose tem estatísticas alarmantes

Caracterizada pela redução da quantidade e da qualidade da massa óssea, a osteoporose apresenta estatísticas alarmantes no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, a doença afeta nove milhões de americanos, sendo sete milhões mulheres e dois m...

Caracterizada pela redução da quantidade e da qualidade da massa óssea, a osteoporose apresenta estatísticas alarmantes no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, a doença afeta nove milhões de americanos, sendo sete milhões mulheres e dois milhões homens. Os números, porém, são muito maiores: suspeita-se que 48 milhões de americanos tenham osteopenia, o que significa que 53 milhões de americanos correm sério risco de fratura. Anualmente, ocorrem, nos Estados Unidos, dois milhões de fraturas osteoporóticas: 27% vertebral, 19% de punho, 14% de quadril e fêmur, 7% de pelve e 33% em outros ossos. A moralidade de fratura de quadril e fêmur chega a 20%, outros 20% precisam de cuidados especiais e os demais 60% perdem a qualidade de vida que tinham antes.
“A osteoporose é conhecida como uma epidemia silenciosa. Na maior parte das vezes, a dor surge apenas quando ocorrem numerosas fraturas, geralmente na coluna, o que traz dor crônica e até incapacidade. É importante divulgar a osteoporose, seus efeitos e tratamentos. A doença pode ser tratada e podemos oferecer ao paciente a qualidade de vida desejada. Os principais fatores de risco são idade avançada, baixo peso, raça caucasiana, histórico familiar, deficiência hormonal, dieta pobre em cálcio, uso de determinadas medicações como corticóides, fumo, álcool e uma vida sedentária. Centros modernos, como o CREB, fazem o exame onde é possível prever o risco de fratura do paciente pelos próximos 10 anos. Assim, é possível prevenir sérios problemas no futuro. A prevenção começa cedo. É preciso ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, além de evitar o consumo de álcool e fumo”, avalia Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.


Diabetes pode aumentar a dor da artrose?

De 11 a14 de junho de 2014 foi realizado em Paris o Congresso Europeu Anual de Reumatologia, sendo a discutido a relação entre a Diabetes e a presença de dor nos pacientes com artrose nas mãos. De acordo com pesquisadores da Noruega, ter diabetes aum...

De 11 a14 de junho de 2014 foi realizado em Paris o Congresso Europeu Anual de Reumatologia, sendo a discutido a relação entre a Diabetes e a presença de dor nos pacientes com artrose nas mãos. De acordo com pesquisadores da Noruega, ter diabetes aumenta a dor nas formas erosivas de artrose das mãos , o que não ocorre nas formas não erosivas da doença.

– No último Congresso Europeu de Reumatologia, do qual participei, foi discutido a relação entre a diabetes e a presença de dor nos pacientes com artrose nas mãos. A conclusão dos pesquisadores noruegueses reforça as nossas observações clínicas de que pacientes diabéticos devem ter uma atenção especial para as mãos especialmente aqueles com artrose. Importante alertar aos pacientes diabéticos que podem ocorrer queixas de dor pela a artrose junto a outros sintomas de dormência e formigamento nas mãos, e que há excelentes resultados com o tratamento – afirma o Dr. Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e Fisiatra e Reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, a artrose é uma das mais comuns doenças reumáticas, que acomete tanto homens quanto mulheres, principalmente na terceira idade. Mas não é exclusiva dessa faixa etária. Um número cada vez maior de pessoas entre 30 e 50 anos têm sofrido dores provocadas pelo desgaste das articulações de joelhos, quadris, tornozelos e coluna.

– As estatísticas apontam que 60% das pessoas na terceira idade sofrem com a artrose. Neste caso, é um desgaste comum devido à idade. Mas no caso de pessoas entre 30 e 50 anos, a artrose geralmente é fruto de trauma, uma carga excessiva de exercícios quando mais jovem. E o número de pessoas nesta faixa etária nos consultórios médicos, com diagnóstico de artrose, é cada vez maior. O desvio do eixo de um membro que dói e a dificuldade de movimentá-lo pode significar artrose. Se diagnosticarmos a doença mais cedo, podemos mudar a rotina de exercícios pesados da pessoa. Por isso consultar um médico especialista ao menor sinal de dores é tão importante. As pessoas muitas vezes costumam não dar atenção a estas pequenas dores, acreditando que são passageiras e normais. Mas dor é um sintoma. Em qualquer esporte há sobrecarga. É preciso estar atento – diz o Dr. Haim Maleh. O fisiatra ressalta que o tratamento deverá ser individualizado para cada paciente.


Fibromialgia: possível classificação dos pacientes de acordo com os sintomas

“No Congresso Europeu de Reumatologia, realizado em Paris, em junho, do qual participei, foi proposto uma nova forma de classificação para a fibromialgia, e através de uma análise estatística foi sugerido a criação de uma subclassificação dos pacient...

“No Congresso Europeu de Reumatologia, realizado em Paris, em junho, do qual participei, foi proposto uma nova forma de classificação para a fibromialgia, e através de uma análise estatística foi sugerido a criação de uma subclassificação dos pacientes de acordo com a severidade dos sintomas. Os pacientes participantes foram analisados através do emprego de questionários específicos que abordavam sintomas típicos da doença,seguindo uma recomendação do OMERACT ( Outcome Measures in Rheumatology). Como resultado, foram classificados em: sintomas leves, sintomas moderados com pouca alteração do humor, sintomas moderados com alteração do humor e sintomas intensos. A importância disso é na forma com que devemos iniciar e ajustar o tratamento clínico. Nós aconselhamos que além de medicamentos específico, a indicação de hidroterapia, exercícios acompanhados e orientados caso a caso com a acupuntura, trazem excelente resposta ao tratamento, propiciando qualidade de vida a quem está sofrendo e com dor. O homem nasceu para viver bem, feliz e sem dor”. O comentário é do Dr. Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e Fisiatra e Reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas que mais levam o paciente ao consultório do médico: segundo dados oficiais, de 3 a 5% da população pode apresentar esse quadro clínico, sendo que de 80 a 90% são mulheres, entre 30 e 60 anos. Segundo Haim Maleh, os principais sintomas da doença são dores generalizadas pelo corpo, nas articulações, na coluna vertebral, nos músculos e nos tendões, dor de cabeça, sensibilidade maior ao frio, formigamento nos pés e ou nas mãos, tonteiras, desânimo, fadiga, dificuldades para dormir, sono não reparador e, ainda, falta de motivação e tristeza.

– A fibromialgia ainda é uma doença pouco conhecida. Pela dificuldade em se estabelecer um diagnóstico seguro devido a falta de objetividade dos exames radiológicos e laboratoriais, é muito importante que o paciente procure um reumatologista experiente com essa doença. Ele irá se basear em aspectos clínicos, na avaliação da história familiar e no exame físico do paciente. A fibromialgia é uma doença de longa evolução, mas a prática regular de exercícios moderados pode controlar as dores. Também há tratamentos medicamentosos, receitados caso a caso ao paciente. Não há uma pílula mágica e sim o entendimento das necessidades do paciente pelo médico e uma adaptação de programação para aquele caso específico, o que traz excelentes resultados e sucesso ao tratamento. Com a melhora da dor, da mobilidade e do humor, o paciente passa a ter uma melhor qualidade de vida, com uma rotina normal de sono e de suas atividades diárias. Isso é possível. É fundamental que o tratamento seja realizado por uma equipe interdisciplinar de profissionais de saúde, com reumatologista, fisiatra e fisioterapeuta, para o devido acompanhamento do paciente. A familiaridade do médico com a doença faz com que seja tratada de maneira bastante satisfatória, através de medicamentos associados a protocolos de reabilitação, como os que temos no CREB, com hidroterapia em piscina apropriada, acupuntura, além de outras medidas fisiátricas – explica o médico.