A maioria das crianças começa a andar por volta dos 12 meses de idade. Até então, não precisam necessariamente de calçados – o que os pais colocam em seus pés devem servir sobretudo para proteger e aquecer. “Os sapatinhos para bebês são confeccionados nos mais diversos materiais, mas, via de regra, devem permitir a transpiração normal e ser largos e flexíveis o suficiente para garantir a livre movimentação dos dedos”, explica a Dra. Flávia Junqueira, ortopedista infantil do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
A partir do momento que a criança passa a andar, com desenvoltura, a escolha do calçado passa a ser fundamental para evitar problemas futuros. Não se deve permitir, por exemplo, explica a Dra. Flávia, que crianças em desenvolvimento calcem sapatos apertados ou estreitos, pois disso pode resultar um grande número de deformidades e complicações. “Para as crianças de 12 a 18 meses, devem ser preferidos os calçados de solas flexíveis e não muito aderentes (sem ser escorregadias, as solas não devem impedir o caminhar da criança que ainda arrasta os pés). A cobertura do calçado deve ser de material natural para permitir a perspiração e os contrafortes altos o suficiente para garantir a estabilidade do tornozelo que ainda é muito frágil. De modo geral, estes calçados devem ser leves para evitar o gasto exagerado de energia”, ensina a médica do CREB.
Segundo a ortopedista infantil, os calçados devem ser confortáveis, práticos e adaptar-se bem aos pés. É muito importante que os calçados tenham a forma dos pés e não que os pés se deformem para caber nos calçados. “Está demonstrado, sem sombra de dúvidas, que calçados apertados e pequenos causam deformidades nos pés. Os calçados devem ser confortáveis desde o primeiro momento em que você os utiliza. O uso prolongado de calçados pequenos, menores do que seu pé favorece a deformação dos dedos”, finaliza ela.
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