Pergunte para atletas e pessoas que praticam corrida de rua quais são as suas principais preocupações com o esporte e a resposta será unânime: dor no joelho, câimbras e contusões no ligamentos e nos tendões. O que pouca gente sabe é que é a sola do pé a primeira parte do corpo que sofre o impacto da corrida e, por isso, está suscetível a vários problemas. O mais comum deles é a fasciíte plantar, uma lesão causada pela inflamação da fáscia plantar, estrutura responsável por dar apoio ao arco do pé.
“A fasciíte plantar pode acontecer por diversos motivos, mas o mais comum é a sobrecarga. Um corredor acima do peso, que não utiliza um calçado adequado, pode desenvolver a inflamação, assim como um atleta, que treina demais e acaba forçando em demasia a fáscia plantar. Pisadas muito pronadas (para dentro) ou muito supinadas (para fora) também podem ocasionar essa inflamação”, explica Marcio Taubman, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. Segundo ele, a fasciíte plantar gera uma dor aguda um pouco abaixo do calcanhar e nos dá a sensação de estar pisando em um objeto pontiagudo. Em casos mais avançados da inflamação, pode-se sentir dor em toda a planta do pé.
Para aqueles que correm com freqüência, ao menor sintoma de dor o médico recomenda a realização da avaliação da marcha – baropodometria dinâmica computadorizada, um exame que auxilia no diagnóstico de inúmeras patologias dos pés e das dores que afligem milhares de pessoas em caminhadas e corridas. Este moderno exame localiza os pontos de apoio na planta do pé durante a pisada e faz a mensuração precisa da pressão exercida sobre cada um destes pontos. “Além da avaliação do pé em repouso, há um baropodômetro de alta sensibilidade, que disponibilizamos no CREB, que também permite avaliar o paciente em movimento, de forma dinâmica, medindo as variações das pressões durante a marcha e até durante a corrida. Essas possibilidades do aparelho dão informações valiosas a respeito da performance dos pés durante a marcha e que não são normalmente observadas nos consultórios médicos e avaliações físicas habituais, já que o pé se comporta de forma diferente se estiver parado, andando ou em rápido movimento”, explica o Dr. Marcio.
– O exame é indolor, não invasivo e com alta precisão. Indivíduos de qualquer idade que querem iniciar uma atividade física, atletas amadores e profissionais e portadores de deformidades posturais e nos pés também têm indicação de fazê-lo. O resultado da baropodometria auxilia o médico assistente em determinar se o paciente é portador de alguma patologia, além de orientar o uso correto e apropriado de tênis, palmilhas e outras órteses, oferecendo ao pé proteção, alívio e conforto – finaliza ele.
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