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Crochetagem, técnica de fisioterapia na luta contra a dor

 

Muito comum na fisioterapia, a crochetagem é um método de tratamento das dores mecânicas do aparelho locomotor pela eliminação das aderências através de ganchos colocados e mobilizados sobre a pele. A técnica é muito utilizada, segundo o fisioterapeu...

Muito comum na fisioterapia, a crochetagem é um método de tratamento das dores mecânicas do aparelho locomotor pela eliminação das aderências através de ganchos colocados e mobilizados sobre a pele. A técnica é muito utilizada, segundo o fisioterapeuta Fernando León Neto, do staff de reabilitação do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, para ajudar a eliminar dores localizadas.

“A crochetagem é um método que busca a a liberação tecidual através da utilização do gancho realizando movimentos curtos de tração em um eixo paralelo à cicatriz por todo seu trajeto longitudinal. O método consiste em promover Também realizando movimentos em um eixo perpendicular a cicatriz e também movimentos com início imediatamente após o bordo mais externo da cicatriz. Na verdade, ocorre um aumento da circulação sanguínea e circulação linfática. Isso traz alívio e atua diretamente sobre a dor, eliminando-a”, explica Fernando.

O fisioterapeuta diz que a crochetagem é indicada para aderências fibrosas que limitam o movimento entre os planos de deslizamento tissulares; nos corpúsculos fibrosos (depósitos úricos ou de cálcios), e nas cicatrizes e hematomas, que geram progressivamente aderências entre os planos de deslizamento. “A técnica realizada nos trigger points (pontos de gatilho, de inibição) sugere um efeito reflexo, tendo indicações para aderências consecutivas a um traumatismo levando a um derrame tecidual, a aderências consecutivas a uma fibrose cicatricial cirúrgica, epicondilites,pubalgia,lombalgia. É indicado também para nevralgias”, explica o profissional.

“Na presença de uma dor localizada num local específico, o terapeuta inicia sua busca palpatória manual nas regiões afastadas do foco doloroso. Esta busca segue cadeias lesionais que estão em relação anatômica com a lesão. Esta concepção é importante para evitar o aumento da dor através do efeito rebote. Primeiramente iniciamos com uma palpação da área a ser tratada. Em seguida, palparemos com o gancho, que irá nos permitir localizar com precisão as fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos. Realiza se movimentos lentos no sentido antero-posteriores. Nesta etapa conseguimos fazer uma leitura da resistência encontrada. Enfim terminamos realizando uma tração complementar através do gancho com o objetivo de alongar ou romper as fibras conjuntivas que formam a aderência, ou para deslocar ou achatar o corpúsculo fibroso”, finaliza ele, lembrando que no CREB a crochetagem é associada a outros protocolos, que podem incluir acupuntura, RPG, hidroterapia e Pilates.