Numero de internações pela doença cresceu 8 %
O aumento da longevidade do brasileiro já começa a se refletir negativamente nas estatísticas médicas: o número de internações por osteoporose cresceu nos últimos anos. Fraturas de fêmur, uma das maiores consequências da doença, levaram 8% mais pessoas aos hospitais entre 2005 e 2008. Neste ano, o Ministério da saúde gastou R$ 58,6 milhões com 32.908 internações deste tipo, contra R$ 48,8 milhões em 30.273 internações realizadas em 2005. O governo também incrementou os investimentos em remédios nesse período. No ano passado foram gastos R$ 39 milhões em medicamentos.
– Os casos de osteoporose estão aumentando, até porque a população idosa esta aumentando. Ao ter mais pessoas idosas, os casos de osteoporose acabam surgindo com mais frequência – afirmou José Telles, coordenador Nacional de Saúde do Idoso, do Ministério da Saúde.
A fratura de fêmur, o maior osso do corpo humano, está entre as causas relevantes de morbidade e mortalidade dos idosos. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de 10 milhões de pessoas tem osteoporose. A maioria acima de 60 anos. A doença está, ao lado da diabetes e da hipertensão, no rol das crônico-degenerativas com maior incidência na população idosa. Entre as causas externas, as quedas são responsáveis por 24% das mortes em idosos, enquanto correspondem a 6% no restante da população. Cerca de 30% das pessoas idosas sofrem quedas a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre aqueles com mais de 80 anos. Na grande maioria das vezes, as fraturas de fêmur demandam cirurgia.
– Há uma cultura na sociedade de que é normal a pessoa idosa cair – disse Telles.
Segundo ele, os profissionais de saúde vêm sendo orientados a fazer uma avaliação criteriosa do paciente idoso que sofrer queda para investigar se ele tem osteoporose. Para quem já tem a doença, a ordem é evitar quedas. O Guia prático do Cuidador, do Ministério da Saúde, dá dicas como à eliminação de tapetes, capachos, tacos e fios soltos na casa. A instalação de barras de apoio na parede do chuveiro e ao lado do vaso sanitário também e sugerida.
A alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e abstinência de tabaco e álcool são hábitos que, se praticados da juventude á velhice, podem evitar o desenvolvimento da doença. Telles diz que há comprovação científica de que pessoas com 80 anos que fazem musculação melhoram sua capacidade funcional e recuperam massa óssea.
– Se vamos viver mais, a questão é como viveremos esses anos a mais, numa cadeira de rodas ou com saúde – afirmou.
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