Pelo menos 70% dos problemas de saúde têm relação com os maus hábitos e o estresse crônico, situações que afetam todo o corpo. É tanto estresse que nos últimos 40 anos a população perdeu 25% do tempo total de sono, e a redução de sete para cinco horas eleva o risco de infarto e derrame, dizem pesquisadores da University College of London. E de nada adianta ter um colchão de primeira se o travesseiro for de terceira, ou inadequado, porque isto só piora a insônia. Como escolher o travesseiro diante de dezenas de modelos, de diferentes tamanhos, texturas e formatos? O primeiro ponto, talvez o mais importante, é observar a posição em que se costuma dormir. A melhor é a de lado, afirmam médicos e fisioterapeutas, porque ela força menos a coluna e relaxa o corpo. Se a preferência for deitar de costas ou de bruços, também dá para evitar as noites maldormidas. Basta saber qual é o modelo que mais se adapta ao seu jeito de dormir. Há travesseiros até para quem sofre de dores de coluna, para quem ronca ou é alérgico.
Para reduzir o estresse e a dor nas costas, é bom ter um travesseiro que mantenha o alinhamento do pescoço com o tronco, diz o ortopedista Antônio Eulálio, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). A altura correta do travesseiro faz a diferença entre ter bons sonhos ou ficar imerso em pesadelos.
— Quem dorme de lado deve optar por um modelo que ocupe o espaço entre o ombro e a cabeça. Esta altura varia de 10cm a 15cm. Dormir com o travesseiro muito alto ou muito baixo manterá a cabeça inclinada para um dos lados. Isto contrai os músculos do pescoço. Então, a chance de torcicolo é grande. Se prefere dormir de bruços ou de costas, use um travesseiro baixo — ensina Eulálio.
De molas, regulável, antialérgico e refrescante
Há travesseiros para todos os biotipos m e posições ao dormir. Só um dos fabricantes do país produz 20 modelos. Tem regulável, de molas, antialérgico, de espuma, perfurado, alto, baixo, lavável e até de material desenvolvido pela Agência Espacial Americana (NAsa). Assim como osmodelos, os preços variam, de R$ 25 a R$ 150, em média. E é melhor trocá-los a cada dois anos.
Um dos mais vendidos, o regulável, vem com camadas removíveis, até quatro opções de alturas e gomos massageadores que estimulam a circulação. O refrescante, de espuma, é ventilado e lavável: indicado para pessoas que dormem de costas e transpiram muito. Outros travesseiros têm recheio de íons de prata que prometem eliminar 90% dos ácaros.
Já os de espuma viscoelástica moldam-se ao contorno da cabeça, exercendo menos pressão e absorvendo o calor. Esta e a tecnologia do modelo Nasa, que também traz gomos massageadores. O ortopedista Antônio Eulálio, do Into, diz que não há um modelo melhor ou pior.
– A Nasa criou uma espuma viscoelástica moldável e que dissipa calor para o revestimento interno de suas naves, e usam este material em travesseiros. Porém nem todas as pessoas se adaptam. Um bom exame no ortopedista pode ajudar a escolher melhor o modelo.
O reumatologista Arnaldo Libman, do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, concorda.
– Travesseiro não pode ser muito duro, nem muito mole. Ele precisa preencher as curvas da coluna cervical. Se você forçar esta parte, pode´ra sentir dor, queimação e até náusea, tonteira e lacrimejamento, além de piorar problemas de coluna, como artrose – alerta.
Para saber mais sobre travesseiros e onde comprá-los, vale consultar os sites dos maiores fabricantes. Entre eles estão: www.altenburg.com.br, www.duoflex.com.br e www.ortobom.com.br.
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