CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Dores no corpo aumentam no inverno

 

A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a dor como uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais bem como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão real ou potencial. Mas definitivamente é uma experiência pessoal, já que a intensidade da dor é vivida diferentemente por cada um.

Segundo o reumatologista e fisiatra Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – com a chegada do inverno, a queixa de dores são mais freqüentes, principalmente em articulações e ossos.  “No frio, a musculatura permanece em constante reação de defesa, realizando uma contração involuntária com o objetivo de aumentar a temperatura. Dessa forma, poderá ocorrer deficiências no suporte sanguíneo, causando diminuição do metabolismo, encurtamento das fibras musculares, diminuição da massa e da força muscular, limitação articular, alterações biomecânicas, ou seja, maior dificuldade do corpo de fazer certos movimentos, além de alterações posturais”, explica o médico.

A circulação de sangue no corpo é prejudicada com as baixas temperaturas, que provocam constrição vascular, acrescenta o Dr. Haim Maleh. “A necessidade de aquecimento da musculatura provoca contrações deixando algumas partes do corpo mais doloridas. Nas articulações, o líquido sinovial, fica mais espesso com o esfriamento do corpo, pode limitar os movimentos e gerar incômodos”, relata ele, ressaltando que as dores provocadas pelo frio são mais intensas em pessoas sedentárias, que têm os músculos mais enfraquecidos e encurtados.

– A artrite e a artrose, por exemplo, são doenças comuns que geralmente se agravam com a chegada do frio. A prática de exercícios regulares é muito importante e não deve ser interrompida no inverno. É muito comum que isso aconteça, por exemplo com que pratica natação e evita a piscina em dias frios. Neste caso troque a atividade por outra, como caminhar, por exemplo. Mas ao menor sinal de dor frequente, consulte um especialista – finaliza.