É verdade que jovens mulheres e adolescentes, na faixa etária de 15 a 35 anos, formam o principal grupo de acometidos pelo lúpus, mas acreditar que esta doença é exclusivamente feminina é um grande erro. A reumatologista Ísis Reis, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – pontua que homens e mulheres acima de 50 anos também podem ser acometidos pelo lúpus.
Segundo a Dra. Ísis, o lúpus jamais foi considerado uma doença exclusivamente feminina. No entanto, de fato elas são mais vulneráveis. “Também atendemos, no CREB, homens diagnosticados com lúpus. Mas é verdade que isso não é tão comum. Para cada homem acometido pelo lúpus, há oito ou nove mulheres com a doença. A diferença é, de fato, muito grande, o que faz o leigo pensar que o lúpus acomete apenas mulheres. Mas é um erro acreditar nisso”, afirma a reumatologista do CREB.
O que é lúpus e como diagnosticar?
O lúpus é uma doença crônica, sistêmica, de longa evolução e de causa ainda desconhecida pela medicina. Os sintomas podem variar de paciente para paciente, e os mais comuns são: manifestações na pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, dores articulares, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal.
A Dra. Ísis informa que o diagnóstico da doença é feito a partir de critérios clínicos e exames laboratoriais. O tratamento, diz ela, vai depender dos sintomas apresentados, mas é preciso consultar um reumatologista que tenha experiência com lúpus. “No CREB optamos por oferecer um tratamento totalmente individualizado. Em geral, este tratamento é medicamentoso, com o uso de imunossupressores e corticoides, adotamos uma dieta saudável e prescrevemos exercícios físicos. A exposição ao sol deve ser evitada e o uso de bloqueadores solares é muito recomendado”, diz ela.
O lúpus é contagioso?
A reumatologista do CREB se apressa em dizer que não, o lúpus não é contagioso. “Essa é mais uma inverdade sobre esta doença, que provoca muito preconceito. Definitivamente, o lúpus não é contagioso. E o prognóstico hoje é muito favorável, muito mais do que há 20 anos”, determina ela.
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