O treinamento do mecanismo urinário varia de criança para criança. Cerca de 10% das crianças entre 5 e 6 anos apresentam incontinência urinária durante o dia. Entre os 12 e 18 anos, a prevalência diminui para 4%. “A incontinência urinária diurna pode causar estresse em crianças em idade escolar, além de impacto negativo sobre a sua autoestima. Por isso, é importante identificar o problema e cuidar de crianças com incontinência urinária o mais cedo possível”, explica a fisioterapeuta Walesca Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
A Uroterapia pode atuar nesta questão, apresentando ótimos resultados, e é indicada para crianças com sintomas de disfunção da micção, incontinência urinária durante o dia, urgência miccional e infecções urinárias recorrentes, persistentes mesmo após tratamento conservador adequado, farmacoterapia e/ou intervenções cirúrgicas. Segundo Walesca, a terapia resultante é baseada sobre o tratamento da incontinência urinária durante o dia, a regulação da ingestão de líquidos e da frequência de micção e tratamento da constipação, se necessário.
“Diferentes termos são usados na literatura para programas de tratamento não invasivos para crianças com disfunção do trato urinário: uroterapia, treinamento da bexiga, terapia do assoalho pélvico, terapia comportamental e reabilitação da bexiga. O objetivo dessas intervenções consiste em ensinar as crianças a realizarem o esvaziamento regular e completo da bexiga, como um processo sistemático em que as reações físicas são trazidas sob controle consciente. Durante o tratamento, a criança é educada sobre as funções do sistema urinário, postura correta ao urinar, hábitos alimentares e comportamentais que podem ter consequências negativas (como a pressa, por exemplo), entre outros. A Uroterapia é bem-sucedida no tratamento da incontinência urinária diurna em crianças, além do benefício adicional da melhora dos sintomas de micção acompanhantes”, finaliza a fisioterapeuta do CREB.
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