Trata-se de uma condição clínica decorrente da combinação de fatores, caracterizada pelo hábito involuntário de urinar durante o sono, o que acarreta dificuldades na relação social em crianças e adolescentes.
A enurese noturna monossintomática (ENM) pode ser definida como a presença de incontinência urinária durante o sono, na ausência de sintomas diurnos, em crianças com pelo menos 5 anos. “A ENM primária caracteriza-se por episódios de enurese em criança que nunca chegou a controlar a urina de noite ou nunca mais de seis meses seguidos, enquanto a ENM secundária apresenta incontinência urinária após o controle total da bexiga ter sido obtido há, pelo menos, seis meses”, explica a fisioterapeuta Walesca Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
As estatísticas apontam que a enurese afeta aproximadamente 10% de crianças de 7 anos e cerca de 1 a 2% de adolescentes e adultos jovens, com histórico familiar na maioria dos pacientes e ocupa papel de destaque na pediatria, pela alta frequência, pelo impacto psicossocial e por ser assunto controverso em relação à etiologia e ao tratamento. “Nas crianças com ENM, o exame físico é habitualmente normal.
Porém, o pediatra deverá atentar para certas particularidades que poderão auxiliar no diagnóstico da provável etiologia da enurese noturna”, explica Walesca, acrescentando que a ENM foi considerada resultante de uma tríade patogênica: a falta de secreção de vasopressina durante o sono, instabilidade e/ou redução da capacidade noturna da bexiga e Incapacidade de despertar pela sensação de uma bexiga cheia.
“É reconhecido que mudanças comportamentais, incluindo o Déficit de Atenção, a Hiperatividade e o Transtorno Desafiador Opositivo, podem apresentar-se como enurese noturna. Outras causas associadas à enurese devem ser consideradas, como constipação, apneia do sono, diabete melito ou insípido, hiperatividade e disfunção neurológica, assim como o abuso sexual em criança”, finaliza ela.
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