CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Especialista faz alerta para o tempo excessivo diante do computador e do videogame

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Por muito tempo acreditou-se que reumatismo era “doença de velho”. Mas, atualmente, o videogame, o computador e os telefones celulares, cada vez mais modernos, fazem com que a doença atinja um número maior de crianças e adolescentes.

“Wiitis”, “síndrome do ecrã tela”, “polegar Blackberry” e “cotovelo de telemóvel” são os nomes que explicam a origem tecnológica de doenças há muito conhecidas, as doenças reumáticas, que sempre foram atribuídas às pessoas com mais idade.

O tempo de uso dos aparelhos eletrônicos preocupa os especialistas, já que os jovens podem desenvolver tendinite, um tipo de reumatismo. A preocupação é grande e médicos britânicos que participaram de uma conferência em Londres, em maio, a Eular, defendem a necessidade de advertências legais nas embalagens para avisar aos usuários sobre os efeitos do uso abusivo de videogames e celulares.
O fisiatra e reumatologista do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo (Creb), Haim Maleh, alerta que o uso excessivo dos aparelhos eletroeletrônicos leva crianças e adolescentes a fazerem uso repetitivo das articulações das mãos, punhos e cotovelos, resultando no desenvolvimento de tendinites nessas regiões. Elas são caracterizadas pela presença de dor ao movimento, levam à dor constante e limitação funcional.

“Praticar essas ações por muito tempo provoca lesões que acarretam em dores nas mãos e nos punhos. Além disso, na maioria das vezes os usuários adotam posturas inadequadas, resultando no aparecimento precoce de dores na coluna vertebral também”, explica Haim.
Iuri Pimenta, de 13 anos, costumava jogar videogame todos os dias por cinco horas. Jogava duas horas, parava um pouco e voltava a jogar.

“Agora, por causa do colégio, só jogo nos fins de semana. Nas férias, eu jogo o dia inteiro. O celular também tem jogos, então, passo bastante tempo brincado com o aparelho também”, conta Iuri.

A professora Renata Pimenta, 38, mãe de Iuri, se preocupa com o tempo que o filho passa diante do videogame. A preocupação aumentou ainda mais depois que ele ganhou um videogame portátil.

“Eu trabalho e não tenho como vigiá-lo o tempo todo. Restringi o tempo de uso porque estava prejudicando os estudos também. Às vezes, a decisão de fazer um intervalo é dele; em outras, eu peço para que ele descanse um pouco. Observo que a postura dele é meio caidinha enquanto joga”, diz.

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