A espondilite anquilosante é uma artropatia inflamatória crônica, autoimune, que acomete principalmente a coluna vertebral, a bacia e os quadris. Segundo o Professor de Reumatologia da UFRJ e reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Haim Maleh, também pode atingir o intestino, os rins, os ossos e os olhos e se caracteriza por dor constantes, por mais de três meses, com rigidez nos locais doloridos.
Um artigo publicado no Annals of the Rheumatic Diseases recomenda que o paciente seja precocemente encaminhado ao médico especialista diante da suspeita de espondilite aquilosante, porque existe um gap considerável, de em torno de cinco a oito anos, do início do sintoma até o diagnóstico da doença. “Dor crônica na coluna é o principal sintoma da espondilite anquilosante. Mas muitas vezes o paciente acha que é uma dor passageira, e opta pela automedicação. É fundamental que um especialista seja consultado, porque quando mais cedo se diagnóstica a doença, mais rapidamente poderemos curá-la”, avisa o Dr. Haim.
A espondilite anquilosante atinge dois a três homens, para cada mulher. A Sociedade Internacional de Espondiloartrites (ASAS) criou critérios para auxiliar o médico no diagnóstico da doença. O paciente deve ser encaminhado ao médico imediatamente se a dor crônica nas costas durar mais de três meses e se apresentar dor inflamatória (principalmente pela manhã), presença do HLA-B27, Sacroileíte detectada em exames de imagem (RX ou ressonância), manifestações extra articulares ( psoríase, doença inflamatória intestinal ou uveíte), manifestações periféricas (artrite, entesite ou dactilite), história familiar de espondiloartrites, boa resposta aos antiinflamatórios e, finalmente, exames de inflamação alterados.
“A prática de exercício físico é o melhor a fazer. A espondilite anquilosante aparece principalmente por volta dos 25 anos de idade, mas apesar de pouco comum também pode acometer jovens antes dos 16 anos e pessoas com mais de 45 anos. As mulheres geralmente apresentam um quadro clínico mais leve. É preciso estar atento a alguns detalhes. O colchão utilizado, por exemplo, deve ser firme, sem depressões. Uma tábua pode ser usada entre o colchão e o estrado da cama. Atividade física regular também é muito importante. Ao menor sinal de dores, um especialista deve ser consultado, para que o diagnóstico seja determinado e o tratamento iniciado”, finaliza o médico.
Atendimento médico especializado no Rio de Janeiro: