Músculos em perfeito funcionamento precisam ter força (capacidade de apertar), resistência (capacidade de segurar este aperto por um bom tempo), explosão (capacidade de contrair e relaxar rápido), coordenação motora (capacidade de contrair de jeitos diferentes) e propriocepção (capacidade de sentir a sua própria musculatura do assoalho pélvico – MAP – relaxada e se movendo). Como acontece na musculação de academia, cada objetivo desejado requer um programa diferente de treinamento.
“Pode-se melhorar a MAP por exercícios de simples contração e relaxamento. Por exemplo, para uma mulher que perde urina ao tossir, e cujo diagnóstico fisioterápico revelou uma MAP forte mas de contração ineficaz (ou seja, o músculo está forte mas a mulher não sabe como contraí-lo), é indicado o treino de coordenação motora, nada mais do que ensinar a esta mulher como contrair sua MAP”, exemplifica a fisioterapeuta Walesca Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
“Caso o diagnóstico aponte uma MAP de contração eficaz (a mulher sabe como contrair) mas está enfraquecida, o treinamento deve ser o de força: de curta duração, grande intensidade e bom descanso. Já para os casos de boa força e contração eficaz, mas com baixa resistência (a MAP é forte mas a contração não pode ser sustentada por mais de 3 ou 4 segundos), então o treino é de resistência: longo, com pouca carga e descanso mínimo. Já se o objetivo for a melhora do desempenho sexual de uma mulher saudável, de MAP relativamente forte e resistente, o treinamento deve ser uma mistura de treino de força e resistência, com grande enfoque para a coordenação motora (ou seja, como contrair a MAP e os abdominais das mais diversas formas possíveis)”, prossegue ela.
Segundo Waleska, os exercícios devem ser constantes, haja vista que qualquer musculatura do corpo ao permanecer parada, enfraquece com muita rapidez. “É fundamental que, tal qual acontece com a musculação de academia, seja estabelecida uma rotina de manutenção da força conseguida após o treinamento inicial. Assim como remédios, exercício só funciona na medida certa. Consulte seu médico, que a encaminhará a uma fisioterapeuta especialista para que o plano ideal seja traçado de acordo com seus objetivos”, finaliza ela.
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