Um quadro composto por dores difusas pelo corpo, fadiga, insônia, sono não-restaurador e dificuldade de concentração aponta, quando juntos, para o diagnóstico de fibromialgia. Os especialistas ainda têm muito a aprender sobre a causa dessa doença, mas os cientistas estão começando a encontrar evidências que indicam para um provável agente causador: a neuroinflamação ou inflamação no cérebro.
Neuroinflamação
- Pessoas com diagnóstico de fibromialgia demonstram ter uma maior sensibilidade à dor. Elas têm, de fato, uma reação maior que o normal no que se refere a sensações dolorosas. Muitas vezes, estas pessoas sentem dor em resposta a sensações (como calor ou frio) que outras pessoas normalmente não sentem. Estamos começando a entender a fibromialgia e podemos dizer que é uma doença do processamento da dor – explica o fisiatra Antônio D’Almeida, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Cientistas realizaram um estudo para avaliar as causas de fibromialgia e a suspeita dessa doença ser causada por uma neuroinflamação, utilizando exames de PETscan para estudar o cérebro de pessoas com diagnóstico desta doença. Eles encontraram a presença de inflamação generalizada em seus cérebros. Outros pesquisadores testaram o líquido espinhal de pessoas com fibromialgia e descobriram proteínas ligadas à neuroinflamação, porém as células cerebrais inflamadas não são as únicas culpadas. Também parece haver uma mudança no tamanho e na forma de certas áreas do cérebro e também há evidências de diferenças nas conexões do cérebro.
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