Promover e manter adequada a função respiratória; estimular a atividade neural e preservar neurônios; melhorar a redistribuição do fluxo sanguíneo; gerar experiência de movimento normal e organizado e Interferir no tônus /fortalecimento muscular. Esses são os principais objetivos da fisioterapia neonatal e pediátrica, que realiza abordagens terapêuticas específicas para crianças de cada faixa etária, com base nas características e vulnerabilidades de cada sistema, adaptando o organismo às influências do programa genético e dos fatores epigenéticos.
“Por meio do acompanhamento fisioterapêutico, a criança é exposta a adequadas intervenções – respiratória, cardiovascular, musculoesquelética, neuromotora – que garantem alterações estruturais celulares e, perceptuais, motoras, cognitivas e sociais”, explica Bruna Túlio da Costa, fisioterapeuta do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, onde a especialidade é oferecida. Segundo ela, “os cuidados voltados para o desenvolvimento de alta qualidade promovem o melhor crescimento e desenvolvimento da criança”.
O atendimento deve ser individualizado
A fisioterapeuta Luciana Mattoso Vitola, também do CREB, acrescenta que o atendimento deve ser individualizado, gentil, realizado de forma terapêutica e preventiva, com combinações entre tempo, intensidade, duração, frequência, ritmo e intervenções no ambiente físico (som, iluminação). “A palavra chave é “organização, por refletir a habilidade da criança em estabelecer um nível de funcionamento integrado entre os sistemas fisiológicos e comportamentais e objetivar a prevenção de distúrbios do desenvolvimento. Esses distúrbios podem impactar substancialmente a qualidade de vida da criança e de sua família e/ou gerar déficits no desempenho intelectual e educacional com repercussões futuras. Para garantirmos essa “organização”, é preciso estar sempre atento aos sinais de aproximação e de retraimento da criança, a fim de minimizar o gasto de energia e permitir que ela própria “defina o passo” dos seus cuidados”, diz ela, lembrando que por meio desses sinais, são planejadas as estratégias de tratamento.
“A fisioterapia neonatal e pediátrica previne e corrige deformidades musculoesqueléticas; melhora a qualidade do estado de consciência, ajudando na auto regulação; promove a integração da criança com o meio ambiente e seus familiares; favorece a estabilidade clínica; e ajuda a diminuir o tempo de internação”, finaliza ela.
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