A Incontinência fecal infantil caracteriza-se pela perda da capacidade de controlar a eliminação dos gases e das fezes e geralmente ocorre com crianças acima de 4 anos. Nessa condição, a criança não controla a eliminação das fezes devido a problemas de prisão de ventre ou traumas psicológicos, fazendo com que perca as fezes de forma involuntária. A incontinência fecal é motivo de constrangimento para a criança. Essa condição pode acarretar problemas emocionais, com afastamento do convívio social, vergonha, medo de descobertas, perda da autoestima e da confiança.
“Entre 15 e 30% das crianças com distúrbios intestinais funcionais continuam a apresentar dor e infrequência na defecação, dor abdominal e escape fecal muito depois de atingirem a puberdade. O tratamento da incontinência fecal varia de acordo com a gravidade e causa da doença. Os problemas ligeiros podem ser tratados com mudança de hábitos alimentares, como eliminação do álcool e cafeína e ingestão de alimentos ricos em fibras para aumentar o volume das fezes. Nos casos em que a alteração na dieta não trouxer resultados, o uso de medicamentos está indicado”, explica Waleska Rocha, fisioterapeuta do CREB – Centro de Reumatologia e ortopedia Botafogo.
A fisioterapia pode ser utilizada para fortalecer os músculos da região anal e ensinar técnicas de autorregulação
Segundo ela, a fisioterapia para tratamento da incontinência fecal – disponível no CREB – pode ser utilizada para fortalecer os músculos da região anal e ensinar técnicas de autorregulação em que o paciente reaprende a defecar e a controlar a eliminação de fezes. “Os sintomas da incontinência fecal começam com a perda de capacidade de segurar os gases intestinais. Com o passar do tempo, o ânus pode tornar-se mais flácido e frouxo e fezes líquidas deixam de ser retidas, bem como fezes sólidas”, finaliza Waleska Rocha.
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