Essa situação é muito mais comum do que se pode imaginar: se você perdeu uma pequena quantidade de urina que seja durante um acesso de tosse, em meio a uma gargalhada, ao espirrar ou mesmo ao pegar um peso, muito provavelmente você tem incontinência urinária de esforço. Trata-se de uma doença séria, que pode trazer problemas sociais inclusive, mas a boa notícia é que tem tratamento, a chamada reabilitação perineal.
“A incontinência urinária definitivamente não é exclusiva da terceira idade, longe disso. Ela acontece a partir da fraqueza dos músculos pélvicos, responsáveis pela sustentação da bexiga, útero, reto e pela continência urinária. Ao fazer um maior esforço, o paciente sofre um aumento da pressão intra-abdominal, o que provoca a pressão na bexiga. Se a musculatura pélvica não estiver fortalecida e bem coordenada, pode acontecer o vazamento de um pouco de urina”, explica o reumatologista e fisiatra Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Mulheres são as mais acometidas
O médico do CREB pontua que a incontinência urinária é muito mais comum em mulheres devido a idade, partos vaginais, hipoestrogenismo (menopausa), flacidez muscular, obesidade, dentre outros fatores de risco, e geralmente ocorre no homem após cirurgias ou traumas na próstata. “Muitas vezes, por vergonha, o paciente deixa de realizar atividade física para não ocorrer a perda de urina e, ainda, abandona compromissos sociais também. Isso, quando acontece, pode causar até mesmo depressão”, pontua.
Reabilitação perineal tem resultados excelentes
A incontinência urinária, bem como outras doenças, como vaginismo e prostatismo, devem ser tratadas por meio da reabilitação perineal, disponível no CREB. O Dr. Haim explica que é uma fisioterapia pélvica, com o uso de
Biofeedback, eletroestimulação e exercícios dirigidos para a musculatura do assoalho pélvico, que costuma trazer resultados excelentes.
“A incontinência urinária é um problema muito sério e precisa de tratamento imediato. Por meio de técnicas fisioterápicas específicas podemos simplesmente eliminar a doença, mas é fundamental que o paciente procure um especialista e se dedique ao tratamento”, garante ele.
Segundo o Dr. Haim, a fisioterapia urológica tem evoluído muito e sua eficácia tem ficado cada vez mais comprovada devido aos excelentes resultados que alcançamos no tratamento conservador das disfunções urogenitais e anorretais como, por exemplo, as incontinências urinárias, fecais, disfunções sexuais e as distopias genitais (entre as quais a “queda de bexiga”).
“A reabilitação perineal tem como principais objetivos reduzir a frequência miccional, reduzir a hiperatividade vesical, facilitar o esvaziamento vesical, melhorar a atividade esfincteriana, melhorar a condição muscular do assoalho pélvico e buscar independência funcional para melhora de qualidade de vida. Utilizamos, no CREB, os mais modernos recursos disponíveis, como exercícios perineais, eletroestimulação, biofeedback, ginástica hipopressiva, cinesioterapia, técnicas comportamentais e reorganização corporal, e os resultados são mesmo excelentes” finaliza o reumatologista e fisiatra do CREB.
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