CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Joanete acomete principalmente as mulheres

 

Ao contrário do que muita gente pensa, o joanete não é um osso que cresceu ou apareceu repentinamente. Também conhecido como hálux valgo, o joanete é, na verdade, um desvio do primeiro metatarsiano (osso do pé) e das falanges (ossos dos dedos), que s...

Ao contrário do que muita gente pensa, o joanete não é um osso que cresceu ou apareceu repentinamente. Também conhecido como hálux valgo, o joanete é, na verdade, um desvio do primeiro metatarsiano (osso do pé) e das falanges (ossos dos dedos), que se expressa como uma espécie de saliência lateral do pé. Trata-se da patologia mais comum do pé adulto.

O joanete é um desvio do primeiro metatarsiano e das falanges

“O joanete acontece a partir de desalinhamentos articulares e desequilíbrios musculares, causando mais posicionamento dos ossos. Ele surge a partir de uma predisposição genética ou por motivos como o uso regular de calçados inadequados, principalmente sapatos de bicos finos e de salto alto. Geralmente, acomete pessoas adultas, mas embora raro, pode aparecer em crianças e jovens”, afirma a Dra. Flávia Junqueira, ortopedista especialista em pés do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Estimativas dão conta de que um terço da população das grandes cidades têm algum tipo de deformidade nos pés. Mas entre aqueles que não têm o hábito de usar calçado fechado, como os índios, essa percentagem cai para 2% quando se fala em incidência de joanete. O joanete acomete principalmente as mulheres: para cada cinco, um homem desenvolve o joanete. Segundo a médica do CREB, mas o uso prolongado de sapatos de bico fino e de salto alto acaba por acelerar o surgimento do joanete, o que certamente explica uma taxa cinco vezes maior de mulheres acometidas.

A Dra. Renata diz que é preciso evitar sapatos de salto alto e bico fino, no caso das mulheres, e sapatos apertados, no caso dos homens. “Esse é o primeiro passo para evitar o joanete: ter muito cuidado com os sapatos usados diariamente. Muitas vezes, recomenda-se o uso de órteses, que são como pequenas almofadas, entre o dedão e o segundo dedo. O que o paciente precisa saber, no entanto, é que não basta tratar somente do pé, já que é um conjunto de desequilíbrios que está contribuindo para o aparecimento da deformidade. Um moderno exame, indolor, não invasivo e de grande confiabilidade, que ajuda a identificar esses problemas, é a baropodometria dinâmica, que avalia os pés parados e em movimento e está disponível no CREB”, finaliza ela, pontuando que dores e incômodo regular são as principais queixas e que um médico deve ser procurado imediatamente diante desse quadro.