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Leite de búfala: mais cálcio contra a osteoporose

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A osteoporose atinge 200 milhões de pessoas em todo o mundo, dos quais mais de 10 milhões são brasileiros. Uma em cada quatro mulheres tem osteoporose após a menopausa e uma em cada cinco mulheres que já tiveram fratura sofrerão nova fratura em menos de um ano. As estatísticas explicam a grande preocupação que os médicos e autoridades de saúde têm com a doença em todo o mundo.

“A osteoporose é caracterizada pela diminuição da massa óssea, com consequente enfraquecimento e fragilidade do osso e, portanto, maior possibilidade de fraturas. È muito comum na terceira idade e deve ser tratada a partir de um amplo programa orientado pelo médico reumatologista, que inclui a prática regular de exercício físico e uma dieta balanceada. Mas a doença pode ser prevenida A osteoporose pode ser diagnosticada, com precisão e precocemente, através de um exame de fácil realização, indolor e de alta precisão chamado densitrometria óssea. Enquanto com o raio-x somente podemos detectar a osteoporose quando já há perda de 30% da massa óssea, com esse exame podemos detectá-la quando há perda de menos de 1%. E detectada precocemente, podemos tratá-la com êxito”, explica o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Eduardo Sadigurschi.

O reumatologista recomenda que mulheres adultas adotem uma dieta de 1.000 mg de cálcio por dia, número este que sobe para 1.500 mg quando há o risco detectado da osteoporose. Deve-se ingerir alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte natural com pouca gordura, queijo ricota, queijo suíço, queijo provolone, sorvete de baunilha e outras fontes secundárias de cálcio, como sardinha, ostras, ervilhas, couve e brócolis. “A casca do ovo é composta em quase 100% de carbonato de cálcio. Sugerimos aos nossos pacientes lavar a casca do ovo, colocar no forno em alta temperatura, com a finalidade de buscar uma melhor higienização. Depois, pegue essa casca e a triture muito bem até ficar muito fina. Coloque uma colher de chá ao dia desse material na comida misturada e você terá aí os 1.500 mg ao dia de cálcio necessários em sua dieta”, acrescenta o Dr. Eduardo.

Outra dica de alimento rico em cálcio é o leite de búfalas. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalo, o leite de búfala tem 59% mais cálcio que o leite da vaca. “O leite de búfala é uma ótima opção. É saudável e saboroso. Embora sua comercialização em líquido não seja tão comum, seus derivados estão nos melhores supermercados do país e são facilmente encontrados, como por exemplo a muzzarela de leite de búfala”, afirma o médico do CREB. A Associação Brasileira de Criadores de Búfalo, a ABCB, orienta o consumidor que, ao procurar pelos produtos derivados de leite de búfalas em supermercados e padarias, optem por embalagens que destaquem o Selo de Pureza 100% Búfalo, pois isso garante que o queijo é feito apenas de leite de búfalas – sem produtos químicos branqueadores ou misturas – mantendo as propriedades nutricionais do alimento.

A prática de exercício físico também é fundamental. “A pessoa precisa ter uma boa qualidade muscular para sua coluna”, avisa o reumatologista, que indica a hidroterapia, entre outras medidas de atividade física. “Até a idade de 30 anos, a mulher constrói e armazena cálcio eficientemente. Então, como parte do processo natural da idade, a formação de novo tecido ósseo diminui e a perda permanente de cálcio se acelera depois da menopausa. Pense no osso como uma espécie de caderneta de poupança. Você somente terá massa óssea na sua poupança na medida que você depositar. Acredita-se que mulheres jovens podem aumentar sua massa óssea em cerca de 20%, um fator crítico na proteção contra a osteoporose”, finaliza o médico do CREB.

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