As férias escolares de julho não significam apenas um descanso para a cabeça dos jovens estudantes. A coluna certamente agradece por ficar um tempo sem carregar pesadas mochilas, com farto material. A verdade é que as crianças precisam levar livros cada vez mais pesados, o que certamente prejudica a coluna vertebral. Desde pequenos, esses estudantes estão carregando um peso acima do saudável, todos os dias, em horário escolar.
“O correto é que a mochila pese no máximo, estourando, 10% do peso da pessoa, seja um adulto ou uma criança. É preciso estar muito atento a isso, porque as mochilas estão cada vez mais pesadas e os estudantes muitas vezes mantém o mau hábito de carregar todo o peso sob um ombro apenas”, alerta o Dr. Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. E isso se repete pelo mundo afora: uma pesquisa realizada recentemente em escolas das Espanha, com 1.403 crianças, verificou que 61,4% delas levava, em sua mochila, um peso maior que 10% de seu peso corporal. Segundo a pesquisa, os estudantes que carregam mais do que 10% de seu peso nas costas têm um risco 50% maior de ter dores e problemas na coluna. Outra pesquisa foi realizada nos Estados Unidos, com 871 estudantes, e metade das crianças disse que sentia a mochila muito pesada e dores nas costas.
– Algumas mochilas vendidas nas lojas já são naturalmente pesadas. E as crianças levam cada vez mais peso dentro delas. Além de livros e cadernos, muitos levam notebooks, tablets, mini jogos de videogame, lanche, guarda chuva, roupa sobressalente, entre outros objetos. Há casos mais do que comuns em que crianças com menos de 40 quilos carregam mochilas com cinco quilos. Os pais precisam verificar essas mochilas, evitando objetos que não serão utilizados na escola. Outra dica é sempre utilizar as duas alças, cada uma em um ombro. Jamais a mochila deve ser carregada em apenas um ombro. Ao menor sinal regular de dor, um especialista deve ser consultado, pois um pequeno problema pode se transformar em um problema muito maior, se não tratado rapidamente – finaliza ele.
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