CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Mortalidade, morbidade e perda de independência após fratura no quadril é maior nos homens

 

As estatísticas oficias indicam que em torno de 30% das fraturas de quadril acontecem em homens. Quando comparadas com as mulheres, a mortalidade, a morbidade e a perda de independência após uma fratura no quadril são maiores no sexo masculino. Um re...

As estatísticas oficias indicam que em torno de 30% das fraturas de quadril acontecem em homens. Quando comparadas com as mulheres, a mortalidade, a morbidade e a perda de independência após uma fratura no quadril são maiores no sexo masculino. Um recente estudo publicado no renomado Journal of Bone and Mineral Research avaliou os fatores associados a fratura de quadril em nada menos do que 5.994 homens com 65 anos ou mais, durante o período de 8,6 anos. Esse estudo conclui que homens com baixa massa óssea no colo do fêmur, múltiplos fatores de risco e comorbidades têm um alto risco de fraturas de quadril.

O risco aumenta quanto maior for o número de comorbidades do paciente

Foram avaliados dados demográficos, estilo de vida, histórico pessoal e familiar, estado funcional, avaliação antropométrica e cognitiva, visual e função neuromuscular. Assim como consumo de álcool, tabagismo, alimentação e histórico de uso de medicamentos. Na primeira visita, os participantes da pesquisa tiveram sua densidade mineral óssea da coluna e do fêmur mensuradas. “Idade avançada (mais de 75 anos), baixa densidade óssea no colo do fêmur, tabagismo, maior perda de altura e peso desde os 25 anos de idade, histórico de fraturas, uso de antidepressivos tricíclicos, história de infarto agudo do miocárdio ou angina, hipertireoidismo e Parkinson foram associados a um aumento do risco de fratura no quadril e preditores para tal evento. Outra constatação da pesquisa é que o risco de fratura do quadril aumenta quanto maior for o número de comorbidades do paciente, assim como baixa ingestão de proteínas”, explica o Dr. Bernardo Stolnicki, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo e coordenador do Prevrefrat CREB (Programa de Prevenção à Refratura).

Segundo ele, é importante observar que em homens mais velhos, as fraturas de quadril têm um imenso impacto na vida pessoal e, também, na saúde pública. “É essencial que se identifique homens em alto risco, para que se toma atitudes antes do fato em si. É bom lembrar que muitos desses fatores indicativos são facilmente avaliados em uma consulta clínica e isso pode trazer uma melhora na estratificação do risco”, conclui o médico.