CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Nova opçao para o tratamento da osteoartrite

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O reumatologista e fisiatra Arnaldo Libman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – acaba de voltar do Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrose, que aconteceu de 21 a 24 de março, em Bordeaux, na França. O Dr. Arnaldo participou do evento e trouxe para o CREB e para o Brasil as mais recentes novidades em relação à osteoporose.

A osteoartrite ou artrose, comumente chamada de “ bico de papagaio”, é uma degeneração articular, onde há o envolvimento do osso e da cartilagem. “A doença é de evolução lenta. Na grande maioria das pessoas, se desenvolve de maneira silenciosa. Incide, predominantemente, no sexo feminino, na idade adulta, entre 40 e 50 anos, e no período da menopausa. Estudos radiológicos demonstraram que a frequência da artrose gira em torno de 5% em indivíduos com menos de 30 anos e atinge 70% a 80% daqueles com mais de 65 anos”, explica o Dr. Arnaldo.

A articulação do joelho é o local mais atingido: segundo estatísticas, 52% da população adulta apresenta sinais radiológicos da doença, sendo que, somente 20% destas apresentam alterações consideradas como graves ou moderadas. “A incidência desta doença aumenta com a idade, estimando-se atingir 85% da população até os 64 anos sendo que, aos 85 anos, é ela universal. Tem grande impacto social e seu grau de incapacidade é importante”, completa o médico do CREB.

De acordo com o Dr. Arnaldo, o congresso apresentou a discussão sobre o tratamento da doença. “Até então, não havia sido demonstrado cientificamente que um medicamento era eficaz para o tratamento da evolução da artrose. Porém, foi apresentado um trabalho de um medicamento até então usado para osteoporosel que mostrou-se muito eficaz também para o tratamento da artrose”, relata ele.

“Esse medicamento é muito usado no tratamento da osteoporose porque ajuda a recompor e diminui a perda óssea. Mas pesquisas comprovaram que pacientes que tomam esse remédio regularmente acabaram por observar uma melhora acentuada na artrose de joelho. As pesquisas demonstraram que o uso deste medicamento diminui, em média, 23% da evolução da artrose. É importante lembrar que a artrose é uma doença de longa evolução, não se recompõe as perdas provocadas pela doença, mas o uso deste remédio atenuou as dores, devolvendo boa parte da qualidade de vida perdida”, explica o médico do CREB, lembrando que o tratamento para artrose deve ser abrangente, utilizando, além de medidas medicamentosas, hidroterapia, acupuntura e outras ações de reabilitação física. “Esses resultados vão de encontro à nossa experiência no CREB. É possível readquirir a qualidade de vida perdida, viver bem, feliz e sem dor”, finaliza ele.

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