Popularmente conhecido como joanete, a doença é uma deformidade do primeiro dedo do pé, o hálux. Quando acometidoo o hálux sofre um desvio em valgo, ou seja, se desvia em direção ao segundo dedo do pé, formando uma saliência óssea na base do primeiro dedo. “Forma-se um joanete quando seu dedão do pé aponta para o segundo dedo do pé, forçando a articulação do dedão a ficar maior e projetada para fora”, explica o ortopedista Romeu Travezani, do CREB – Centro de Reumatologia e ortopedia Botafogo.
Ele explica que entre os principais fatores de risco para o surgimento do joanete está o uso regular de sapatos de salto alto, apertados e de pontas estreitas. Outro fator de risco é a presença de doenças reumatológicas, tais como a artrite, que pode resultar em deformidades articulares, inclusive nas articulações dos pés.
- A presença de má formação congênita das articulações dos pés também pode ser um fator de risco para formação do joanete e a hereditariedade. Ou seja, pessoas de uma mesma família que apresentam joanetes também é um fator de surgimento de novos casos – acrescenta o médico do CREB.
Nem sempre o joanete apresenta quadro de dor. Muitas vezes, destaca o Dr. Romeu, resulta apenas na deformidade, o que pode dificultar o uso de calçados apertados e de pontas finas. Mas o médico alerta:
- Dependendo do grau da deformidade, a forma de pisar pode estar prejudicada, sobrecarregando outras articulações, tais como o tornozelo, resultando na inflamação dessas articulações. Em alguns casos, no entanto, a articulação do primeiro dedo pode inflamar, levando a dor no local do joanete, dificultando a caminhada – observa o ortopedista do CREB, pontuando que o diagnóstico da doença é feito a partir de uma avaliação ortopédica, com exame físico, e possibilidade de uso de raio-x e de um exame chamado baropodometria, que permite a avaliação da pisada e a avaliação da interferência do joanete na forma de pisar.
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