A osteoporose apresenta estatísticas alarmantes, que fizeram com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituisse o período entre 2000 e 2010 como a década do osso e da articulação, com ações específicas em todo os continentes. Segundo dados oficiais, 200 milhões de mulheres são acometidas pela osteoporose em todo o mundo. Outro dado impressionante é que uma em cada cinco pacientes morre, dentro de um ano, após sofrer fratura de quadril.
A osteoporose é uma doença que leva ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os vulneráveis aos pequenos traumas. “Nosso esqueleto é constituído por mais de 200 ossos, que dão rigidez, forma e sustentação ao corpo. Também têm como função proteger o cérebro, o coração, os pulmões e demais órgãos vitais. A osteoporose enfraquece esses ossos e é uma patologia assintomática, ou seja, sem sintomas, lenta e progressiva. Seu caráter silencioso faz com que a osteoporose muitas vezes só seja diagnosticada quando ocorrem fratura, principalmente nos ossos do punho, colo do úmero, quadril e coluna vertebral”, explica Eduardo Sadigurschi, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo o médico do CREB, entre os principais indícios da osteoporose destacam-se a dor de coluna vertebral prolongada, associada à diminuição da altura do paciente devido a microfraturas em vértebras, e o desenvolvimento de uma cifose, ou seja, corcunda. “A osteoporose é uma doença complexa, com causas não totalmente conhecidas. Alguns fatores estão associados a um maior risco para essa doença. Entre eles, ser mulher, envelhecer, ter um corpo pequeno, ser branco ou asiático e ter histórico familiar da doença. As mulheres têm um risco quatro vezes maior de desenvolver osteoporose. Os homens também podem desenvolver a doença”, afirma ele.
Novos medicamentos estão sendo disponibilizados no mercado. Resultados do estudo Multiple Outcomes of Raloxifene Evaluation (MORE), anunciados pelo American College of Rheumatology mostram, por exemplo, que a substância raloxifeno reduz significativamente o risco sintomático de fraturas vertebrais em até 68%, após um ano de tratamento. Outro medicamento lançado recentemente tem como base o alendronato sódico e calecalciferol: é rico em vitamina D, componente fundamental para o desenvolvimento de ossos fortes e para a prevenção à osteoporose. Segundo o reumatologista, há estudos que mostram que a vitamina D é aliada do cálcio na redução da perda óssea. “A vitamina D é um componente que auxilia na absorção do cálcio no intestino”, explica o médico, acrescentando que a vitamina D está presente em alimentos como gema de ovo, fígado, ostras e determinados peixes oleosos. No 23º encontro anual da American Society for Bone and Mineral Research, uma nova vacina foi apresentada e promete ser uma arma eficiente na luta contra a osteoporose. Ela atua no combate à perda de tecido ósseo.
A prevenção é, na verdade, a grande arma que temos contra a osteoporose. O médico do CREB explica que há um exame, chamado densitometria óssea, que mostra o estado dos ossos, principalmente no que se refere à quantidade de cálcio. “A osteoporose pode ser diagnosticada, com precisão e precocemente, através da densitometria óssea, um exame de fácil realização, indolor e de alta precisão. Enquanto um raio-x somente detecta a osteoporose quando já há perda de 30% da massa óssea, com esse exame podemos detectá-la quando há perda de menos de 1%. E detectada precocemente, podemos tratá-la com êxito”, finaliza o Dr. Eduardo Sadigurschi, lembrando que para tratar da doença é fundamental a utilização de medicação apropriada, fazer reposição de cálcio e vitamina D e praticar exercícios físicos orientados.
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