CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Osteoporose, um sério problema social

 

A osteoporose é um sério problema social. As estatísticas comprovam que essa doença representa um grande prejuízo nas contas públicas, porque 70% dos pacientes diagnosticados têm alguma morbidade e, por isso, recorrerão à previdência social. Daí a importância da disseminação da informação e a realização de um exame chamado densitometria óssea, tão recomendado pelos especialistas. Não é só: mais de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela doença no Brasil e esta enfermidade é, hoje, a principal causa de fraturas por baixo impacto, especialmente em mulheres na pós-menopausa e em idosos, e pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldade para locomoção e deterioração da qualidade de vida.

O problema se torna mais sério ainda com o que revela uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): 90% dos entrevistados já tinham ouvido falar em osteoporose mas não sabem de detalhe algum sobre o assunto e em torno de 70% das mulheres e 85% dos homens que já haviam apresentado uma fratura por fragilidade óssea desconheciam que a mesma tinha sido causada pela osteoporose. Essa pesquisa conclui que o brasileiro não sabe como prevenir ou tratar essa doença e nem mesmo que especialista deve procurar. A falta de informação é um dos grandes problemas da osteoporose no Brasil.

“As pessoas só costumam se consultar quando sentem dores constantes. E mesmo assim quando estas dores começam realmente a incomodar e provocar uma perda considerável de qualidade de vida. A osteoporose é conhecida como uma epidemia silenciosa. Na maioria vezes, a dor surge apenas quando ocorrem numerosas fraturas, geralmente na coluna, o que traz dor crônica e até incapacidade”, explica o fisiatra e reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. “É importante divulgar a osteoporose, seus efeitos e tratamentos. A doença pode ser tratada e podemos oferecer ao paciente a qualidade de vida desejada. Os principais fatores de risco são idade avançada, baixo peso, raça caucasiana, histórico familiar, deficiência hormonal, dieta pobre em cálcio, uso de determinadas medicações como corticóides, fumo, álcool e uma vida sedentária”, completa o médico.

Segundo ele, outra estatística alarmante aponta que 40% das mulheres acima dos 50 anos vão desenvolver osteoporose em algum momento de suas vidas. Mas desse total, apenas 3 em cada 10 terão a doença diagnosticada. “As fraturas vertebrais aumentam em até 8 vezes a taxa de mortalidade. Isso demonstra como o assunto é sério. O diagnóstico desta enfermidade é feito através da densitometria óssea, um exame preciso, simples e indolor. Este exame pode prever o risco de fratura do paciente pelos próximos 10 anos. Assim, é possível prevenir sérios problemas no futuro. A prevenção começa cedo. É preciso ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, além de evitar o consumo de álcool e fumo”, finaliza ele.