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Paralimpíada trouxe à tona a discussão da inclusão

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Não há dúvidas de que a Paralimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso total, alcançando, muitas vezes, um público até maior que as Olimpíadas. O maior ganho, certamente, foi social, trazendo à tona a discussão sobre a inclusão de portadores de necess...

Não há dúvidas de que a Paralimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso total, alcançando, muitas vezes, um público até maior que as Olimpíadas. O maior ganho, certamente, foi social, trazendo à tona a discussão sobre a inclusão de portadores de necessidades especiais no nosso dia-a-dia. Mas há outras conquistas com a realização dos jogos paraolímpicos, e uma delas é a utilização e teste de novas tecnologias – como a lâmina de fibra de carbono, extremamente leve e amplamente usada nas pistas de atletismo – que acabam se popularizando e trazendo uma melhor qualidade de vida aos portadores de necessidades especiais.

As novas tecnologias devem estar disponíveis para todos

O mercado oferece, por exemplo, diferentes pés de carbono, adaptados para diferentes necessidades. Um atleta tem um uso diferente de uma pessoa da terceira idade, por exemplo. Mas ainda assim, as novas tecnologias devem estar disponíveis para todos, inclusive substituindo modelos atuais. Pés com miolo de madeira estão ultrapassados e têm seus dias contados. “A fibra de carbono deforma e, depois, volta à posição original. É um material resistente e excelente, o que ficou provado nessa Paralimpíada do Rio de Janeiro. É muito importante que o grande público tenha acesso a essas informações. Não tenho dúvidas da importância dos jogos paraolímpicos, que trouxe esse tema da inclusão para o nosso dia-a-dia”, diz o fisiatra Antônio D’Almeida Neto, que coordena um setor de reabilitação para amputados de membro inferior, tanto em fase pós-operatória imediata, visando preparo de coto, quanto na fase de protetização no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Esse setor do CREB utiliza um ginásio específico, com o que de melhor existe em termos de avaliação e equipamentos, bem como orientação na escolha da melhor e mais adequada prótese para cada caso. “No Brasil, as estatísticas seguem em parte ao modelo internacional. São mantidas as causas vasculares, porém foi observado um aumento significativo de amputações devido a “paf”(projetil por arma de fogo), bem como acidentes de trânsito, sendo que destes, uma curiosidade, observa-se a prevalência do membro inferior esquerdo, devido ao sentido do trânsito, em nossas vias”, ilustra o Dr. Antônio. Segundo ele, existem oito níveis de amputação reconhecidos: hemipelvectomia, desarticulação do quadril, transfemural, desarticulação do joelho, transtibial, desarticulação do tornozelo, Syme e, finalmente, parcial do pé.

Atendimento médico especializado no Rio de Janeiro:

  • BARRA DA TIJUCA:   Av. das Américas, 700 - Bloco 8 - Loja 320 - Città Américas
  • BOTAFOGO:   Rua Voluntários da Pátria, 408
  • COPACABANA:   Rua Barata Ribeiro, 774 - ao lado do metrô