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Pesquisas mostram avanços genéticos da artrite reumatóide

 

Estudos clínicos em pacientes com artrite reumatóide evidenciaram variantes genéticas em três posições de alelos do HLA-DRB1, que estão envolvidos na predisposição de uma doença mais agressiva e na influência da resposta ao tratamento. Segundo o Depa...

Estudos clínicos em pacientes com artrite reumatóide evidenciaram variantes genéticas em três posições de alelos do HLA-DRB1, que estão envolvidos na predisposição de uma doença mais agressiva e na influência da resposta ao tratamento. Segundo o Departamento de Estudos Genéticos de Manchester, a presença da valina na posição 11 está associado a um risco quatro vezes superior de desenvolvimento da doença. Já a presença de serina na mesma posição leva a um risco duas vezes menor de desenvolvimento da doença.

A artrite reumatódie é uma doença inflamatória auto imune, crônica e progressiva, que destrói as articulações do corpo. E é mais comum dos que se imagina: mais de 1,5 milhão de brasileiros têm artrite reumatóide e muitas vezes ficam impossibilitados de trabalhar e realizar atividades simples do cotidiano, como amarrar o cardaço do tênis, pentear os cabelos ou segurar um copo. “A artrite reumatóide caracteriza-se por inflamação das articulações, provocada por uma reação inflamatória, com presença de algumas substâncias, entre elas a interleucina 6, que destroem progressivamente a cartilagem e os ossos ao redor das articulações, causando dor, edema e prejudicando sua função e limitando os movimentos. Além do comprometimento das articulações, ocorrem sintomas físicos como cansaço intenso, decorrente da anemia que a doença provoca. Os sintomas iniciais são fadiga inexplicável, rigidez prolongada das articulações pela manhã, além de edema e vermelhidão. Esse quadro muitas vezes é confundido com o reumatismo comum, o que retarda o diagnóstico correto e o início precoce do tratamento”, explica Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e Fisiatra e Reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Ele lembra que a doença não acomete apenas pessoas da terceira idade. Mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos, diz ele, são as principais vítimas da doença. “A artrite reumatoide afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e logo que surge, aos primeiros sinais, como por exemplo dor nas juntas, em especial das mãos e dos pés, deve-se procurar um médico reumatologista. O maior problema encontrado é a demora para diagnosticar a doença, que exige tratamento contínuo. Para chegar ao diagnóstico da artrite reumatóide, o reumatologista analisa a história clínica do paciente, realiza exames físicos das articulações e solicita análise laboratorial, radiografias e, em algumas ocasiões, ultrassonografia das áreas acometidas. Exames de sangue também auxiliam na avaliação do processo inflamatório. A artrite reumatóide é uma doença de longa evolução. Há tratamentos, que estão cada cada vez mais avançados, sendo possível devolver ao paciente a qualidade de vida perdida. O tratamento traz alívio da dor, bem estar e principalmente pode evitar e prevenir alterações articulares, quando iniciado precocemente”, finaliza ele.