A população de idosos no Brasil deve dobrar de tamanho nos próximos 15 anos, chegando a 32 milhões de brasileiros. As pessoas de meia-idade, no entanto, devem estar muito atentas a uma doença silenciosa, que é implacável com pessoas da terceira idade, principalmente mulheres: a osteoporose, uma doença que apresenta queda da qualidade e da quantidade da massa óssea. “Mais de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela doença no Brasil. Se não bastasse, a osteoporose é, hoje, a principal causa de fraturas por baixo impacto, especialmente em mulheres na pós-menopausa e em idosos, e pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldade para locomoção e, conseqüentemente, deterioração da qualidade de vida”, alerta Eduardo Sadigurschi, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
As principais recomendações do médico do CREB para pessoas de meia-idade, que buscam a prevenção, são: exercício físico regular e uma alimentação balanceada, rica em cálcio. “Praticar exercícios de forma regular eleva a densidade mineral óssea e diminui o risco de fraturas. Quando os músculos são contraídos, há estímulos à formação óssea. No caso de pessoas idosas, os exercícios são fundamentais, pois dão força e auxiliam na prevenção de quedas, que podem ser fatais. Os exercícios também melhoram o equilíbrio, o padrão da marcha e a consciência espacial. Os exercícios de impacto, que devem ser realizados cuidadosamente, e de fortalecimento muscular apresentam resultados positivos e devem ser realizados durante 30 minutos, pelo menos três vezes por semana”, ensina o Dr. Eduardo Sadigurschi.
Em relação à alimentação, o fisiatra e reumatologista defende uma dieta adequada de calorias, cálcio e vitamina D. “Mulheres na pós-menopausa devem consumir cerca de 1000 mg a 1500 mg de cálcio a cada dia. Um iogurte desnatado, um copo de leite, uma fatia e meia de queijo contêm cerca de 300 mg de cálcio cada. A suplementação de vitamina D também é recomendada, sendo muito importante a exposição regular ao sol para a síntese da vitamina D no organismo”, diz ele, ressaltando que o CREB disponibiliza para seus pacientes um folder onde há dica de como obter essa quantidade de cálcio através da alimentação.
Outra dica do médico é a realização de um exame chamado densitometria óssea, considerada o método padrão-ouro para avaliar riscos de fratura. Cerca de 70% dos fatores de risco para osteoporose são influenciados pela genética. Mas os outros 30% estão relacionados a fatores ambientais e estilo de vida. “As mulheres tendem a sofrer de osteoporose mais cedo, por conta da baixa hormonal na fase da menopausa, que faz com que percam massa óssea em média dez anos antes dos homens. Este exame – a densitometria óssea – é muito importante pois detecta a possibilidade de fratura de quadril e da coluna vertebral nas pessoas em um horizonte de dez anos. Com os resultados deste exame, é possível fazer um intenso trabalho de prevenção”, finaliza.
Atendimento médico especializado no Rio de Janeiro: