Portadores de psoríase, que se caracteriza pelo aparecimento de lesões avermelhadas e descamativas, que acometem principalmente joelhos, cotovelos, nádegas e o couro cabeludo, podem vir a ser acometidos também pela artrite psoriásica. Na maior parte das vezes, primeiro o paciente é acometido pela psoríase, mas isso não é determinante porque alguns pacientes desenvolvem a artrite antes das lesões de pele.
Não há estatísticas exatas, mas acredita-se que entre 5% a 40% das pessoas que têm psoríase desenvolvem dor e inflamação nas articulações, sintomas da artrite psoriásica. “A psoríase é uma doença inflamatória da pele. Em geral, causa lesões avermelhadas espessas, provoca coceira, dor e descamação também. Em 85% dos casos, as pessoas com artrite psoriásica manifestam lesões na pele antes dos problemas nas articulações, típicos de uma artrite”, explica o Dr. Marcos Vinícius de Jesus, reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
O Dr. Marcos Vinícius faz questão de confirmar que psoríase no couro cabeludo e na região das nádegas e umbigo (formas investidas de psoríase) estariam relacionadas com o maior risco de desenvolvimento da artrite psoriásica.
Sintomas da artrite psoriásica
O Dr. Marcos Vinícius acrescenta que a artrite psoriásica pode trazer dor, edema e rigidez articular e que as articulações das mãos e pés e a articulação da bacia e coluna lombar também podem ser afetadas, o que provoca dor lombar. Ele revela que estudos e estatísticas apontam que em torno de 40% das pessoas afetadas tem ao menos um familiar próximo de primeiro grau com psoríase ou artrite psoriásica.
“A artrite psoriásica atinge igualmente homens e mulheres e é mais comum de se manifestar entre os 30 e 50 anos. Mas também pode acometer crianças e adolescentes, embora isso não seja tão comum assim”, informa o reumatologista do CREB.
A importância do tratamento da artrite psoriásica
O Dr. Marcos Vinícius alerta que ao menor sinal dos sintomas, o paciente deve procurar um reumatologista experiente porque a artrite psoriásica pode evoluir para deformidades irreversíveis. “O tratamento deve ser individualizado, levando-se em conta as estruturas acometidas. Utilizamos medicamentos específicos, como anti-inflamatórios não-hormonais e drogas remissivas, tais como os imunobiológicos”, diz.
O diagnóstico, segundo ele, é feito por meio da avaliação do histórico clínico, observação das lesões na pele e pode-se solicitar exame de ultrassonografia articular para confirmar a artrite. “Não há cura para a doença, mas o tratamento medicamentoso e o uso da fisioterapia ajudam muito na melhoria da qualidade de vida do paciente”, finaliza.
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