As doenças metabólicas que afetam os ossos da pessoa acometida são chamadas de doenças osteometabólicas. Em geral, são transtornos do metabolismo dos ossos, ocasionando perda da massa óssea, o que causa fragilidade aos ossos e aumenta a incidência de fraturas, mesmo diante de quedas leves. “As principais doenças osteometabólicas são a osteoporose, em seus diferentes tipos, como a osteoporose senil, a osteoporose pós-menopausa e a osteoporose induzida por medicamentos, o raquitismo, a osteomalácia, o hiperparatiroidismo primário e a doença de Paget, entre outras”, relata o reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Ele explica que a causa de uma doença osteometabólica é o desequilíbrio entre a formação de osso e o remodelamento ósseo. “Para o diagnóstico, o médico assistente poderá solicitar exames laboratoriais que sugerem alteração no metabolismo ósseo. Ele poderá avaliar os níveis de cálcio, fósforo sérico, vitamina D, paratormônio e fosfatase alcalina, e também solicitar raio-X e um exame chamado densitometria óssea, que mede a massa óssea do paciente”, diz o Dr. Eduardo.
Osteoporose, doença silenciosa
O reumatologista do CREB pontua que a osteoporose é uma questão muito séria, considerado um problema de saúde pública. No Brasil, aponta ele, de 35% a 52% das mulheres e 19% a 39% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela osteoporose, a principal doença osteometabólica. “Costumamos dizer que se trata de uma doença silenciosa, por na maior parte dos casos aparece quando há uma fratura, após um tombo. O que queremos é justamente evitar a fratura. A densitometria óssea é um exame que todas as mulheres pós-menopausa e homens após os 70 anos devem fazer, porque indica com antecedência a escalada da osteoporose. E, assim, podemos agira rápido”, esclarece o Dr. Eduardo.
Segundo ele, os fatores de risco das doenças osteometabólicas são:
- idade avançada;
- raça branca e/ou descendência asiática;
- histórico pessoal de fratura por fragilidade;
- histórico familiar de fratura por fragilidade;
- sexo feminino;
- histórico de tabagismo (inibe a multiplicação dos osteoblastos);
- etilismo;
- uso de glicocorticoide;
- ingestão inadequada de cálcio, fósforo e vitamina D.
As doenças osteometabólicas têm cura?
Não há, ao menos por ora, um tratamento que leve á cura de uma doença osteometabólica. No entanto, o tratamento pode devolver a qualidade de vida perdida e ajudar a evitar a fratura. “O tratamento é individualizado, medicamentoso, o paciente deve optar por uma dieta especial e praticar atividade física regular e orientada”, resume o reumatologista.
“A melhor forma de se prevenir é praticando atividade física regular, se expor ao sol regularmente, se alimentar bem, com maior atenção a alimentos ricos em cálcio, e manter acompanhamento médico”, finaliza o Dr. Eduardo.
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