Entre o ano de 2000 e 2012, o número de próteses de joelho em pessoas entre 45 anos e 64 anos cresceu 205%, e entre pessoas de 65 anos, esse crescimento foi de 95%. Mais de 600 mil cirurgias de joelho forma realizadas nos Estados Unidos, em 2012, contra 250 mil, 15 anos antes. Os dados são da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos e revelam que a ideia de que a cirurgia parece ser a primeira opção terapêutica para resolver problemas de joelho.
Mas isso não é verdade. Cada vez mais, tratamentos apresentam resultados que substituem a cirurgia. Um amplo estudo realizado por pesquisadores da Virginia Commonwealth University, em Richmond, analisou a validade destas cirurgias. Utilizando critérios desenvolvidos na Europa, concluiu-se que as próteses de joelho são adequadas apenas para aqueles cuja artrose no joelho está em estágio avançado, com perda de função, como não subir escadas ou mesmo não andar sem ajuda de muletas. Esse estudo indicou que as cirurgias são mais apropriadas para aqueles pacientes com mais de 70 anos.
– Os materiais implantadas numa prótese de joelho duram em torno de 15 anos. Isso significa dizer que um paciente com 45 anos terá que se submeter a uma nova cirurgia para a troca da prótese com 60 anos – explica o ortopedista Marcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Essa pesquisa foi realizada com quase 200 homens e mulheres com artrose e dor nos joelhos, que fizeram a cirurgia e os pesquisadores chegaram a conclusão de que um terço do total não deveriam ter feito o implante da prótese. O mesmo grupo de pesquisadores realizou um segundo estudo, onde descobriram que aqueles que realmente precisavam da cirurgia se beneficiaram com a intervenção, relatando menos dor e melhora do desempenho físico nos meses imediatos à cirurgia, mas aqueles que não precisavam, de fato, da colocação da prótese não melhoraram tanto quanto o primeiro grupo.
– A artrose tem níveis e temos, hoje, tratamentos que trazem uma resposta excelente, devolvendo a qualidade de vida perdida. A cirurgia deve ser a última cartada. O ortopedista deve avaliar o histórico do paciente e propor um tratamento clínico que envolve medicamentos e fisioterapia, com protocolos que incluam acupuntura, Pilates, hidroterapia e outros. Temos tido excelentes resultados no CREB, com a associação medicamentosa e de reabilitação física, evitando a cirurgia e oferecendo ao paciente o restabelecimento da sua qualidade de vida – garante Taubman.
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