Uma pesquisa do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Hospital de Clínicas da USP indica que cerca de 40% das brasileiras já experimentaram, em algum momento da sua vida, dores durante relações sexuais. Os pesquisadores acreditam que esse número pode ser ainda maior, já que muitas mulheres têm vergonha de abordar esse assunto. Muitas vezes, as dores têm causa psicológicas e podem advir de uma sexualidade reprimida, mas a verdade é que também podem ser físicas, causadas por uma série de fatores.
A fisioterapia urológica trata as disfunções do assoalho pélvico
O que pouca gente sabe é que há, na fisioterapia, uma especialidade chamada reabilitação urogenital. “A fisioterapia urológica tem evoluído muito nos últimos anos e sua importância tem crescido cada vez mais devido aos excelentes resultados que alcança no tratamento conservador das disfunções urogenitais e anorretais como, por exemplo, as incontinências urinárias, fecais, disfunções sexuais e as distopias genitais (entre as quais a “queda de bexiga”). A fisioterapia urológica trata, principalmente, das disfunções do assoalho pélvico. O assoalho pélvico é responsável pela sustentação de vísceras, função esfincteriana e função sexual. O tratamento fisioterápico vai atuar nas incontinências urinária e fecal, continência urinária, constipação, bexiga neurogênica, enurese noturna infantil e disfunções sexuais, dentre outros. Hoje, o tratamento de primeira escolha, antes de se pensar em tratamento invasivo (cirurgia), é a fisioterapia, que também pode ser associada ao pré e pós-operatório”, explica a fisioterapeuta do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Nicole Durham.
Nicole explica que a melhora da qualidade de vida é o objetivo da fisioterapia urológica, que utiliza de modernos recursos, como exercícios perineais, eletroestimulação, biofeedback, ginástica hipopressiva, cinesioterapia, técnicas comportamentais e reorganização corporal. “Disfunções sexuais têm levado muitos pacientes para a fisioterapia urológica, com resultados expressivos. Podem ser causados por fatores orgânicos, psicológico ou questões socioculturais. Nas mulheres podemos citar a dispareunia (dor durante o ato sexual) e vaginismo (contração involuntária dos músculos próximo à vagina que impede a penetração do pênis, dedo ou outro objeto). Nos homens, temos principalmente a ejaculação precoce, disfunção erétil e ejaculação retardada”, explica ela.
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