CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Reumatologista do CREB explica o perigo do “desafio da rasteira”, brincadeira que está sendo realizada nas escolas em todo país

 

Reumatologista do CREB explica o perigo do “desafio da rasteira”, brincadeira que está sendo realizada nas escolas em todo país

Uma brincadeira de extremo mau gosto, conhecida como “desafio da rasteira” ou “quebra-crânio”, tem circulado pelas redes sociais e causado problemas sérios nas escolas, preocupando professores e pais. Na brincadeira, duas pessoas solicitam que uma terceira pessoa dê um pulo e quando esta está no ar, recebe um pontapé. O youtuber Robson Calabianqui, com mais de dois milhões de seguidores, postou um vídeo no YouTube, que viralizou, espalhando ainda mais a brincadeira.

A brincadeira pode render algumas risadas, mas é extremamente perigosa, alerta o reumatologista e fisiatra do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo (CREB), Haim Maleh, também reumatologista da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ). Segundo ele, a brincadeira pode acabar com uma luxação ou mesmo um traumatismo craniano na vítima do pontapé.

— O menor risco seria quebrar alguma região do corpo, o que poderia ser tratado de maneira mais conservadora, com a imobilização, ou até realizando uma cirurgia. Também há a possibilidade de a vítima sofrer uma luxação, que é quando a articulação sai do lugar — disse o médico do CREB, em entrevista ao jornal O Globo.

A brincadeira pode causar problemas ainda mais graves:


— Outras consequências são lesões na coluna, o que pode deixar alguém paraplégico, tetraplégico ou até causar algum problema neurológico. Por último, o mais grave seria um traumatismo craniano. A criança pode sofrer um derrame, entrar em coma e morrer — alertou ele.

Vítima de uma brincadeira semelhante, a chamada “roleta humana”, uma aluna de uma escola municipal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, faleceu em novembro do ano passado. Após sofrer uma queda depois de ser levantada pelos braços de dois colegas, forçando uma cambalhota, Emanuela Medeiros, de 16 anos, morreu por conta da brincadeira. Muitas escolas estão orientando seus alunos a não promoverem, em hipótese alguma, a brincadeira. Os pais também estão sendo alertados, para orientar seus filhos a não aceitarem o desafio.

  • A brincadeira pode ser fatal – resume o Dr. Haim.