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Viscossuplementação pode evitar cirurgias de joelhos

Dores, crepitação, inchaço, redução de movimento e, em casos mais graves, até mesmo a impossibilidade de caminhar. Essas são algumas das possíveis consequências da artrose, uma degeneração progressiva das articulações, que tem como principais causas a idade, a sobrecarga mecânica das articulações e traumas. Segundo o Dr. Rodrigo Kaz, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e especialista em Cirurgia do joelho e Medicina do Esporte pela Universidade de Pittsburgh, EUA, a artrose é classificada do grau 1 (o mais leve) até o grau 5 (os mais graves) e o tratamento proposto depende deste grau e da idade do paciente.

Além dos protocolos de reabilitação física, que incluem fisioterapia, hidroterapia, cinesioterapia específica, eletroterapia, RPG, acupuntura, e medicamentos, o CREB oferece um novo tratamento, que alcança ótimos resultados para casos leves e moderados da doença, podendo também ser aplicado nos casos mais graves. O nome deste tratamento é Viscossuplementação. “São injeções intra-articulares de ácido hialurônico, o mesmo componente que já existe no líquido sinovial de uma articulação saudável. O líquido sinovial perde sua capacidade funcional com a idade e com o processo de artrose, e o uso dessas injeções de ácido hialurônico exógeno vem sendo utilizado com sucesso. Este método faz parte do algoritmo de tratamento da osteoartrose do joelho da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) e American College of Rheumatology”, explica o médico do CREB.

O médico explica que a viscossuplementação é um tratamento relativamente novo, aprovado pelo pelo FDA (órgão regulamentador de medicamentos) nos Estados Unidos desde 1997. É feita na própria clínica, de três a cinco aplicações, e pode se repetir após um período de seis meses a um ano.

– A viscossuplementação traz alívio para a dor e melhora da função. Não é um corticóide, antiinflamatório que tem vários efeitos colaterais. Temos tido excelentes resultados com a viscossuplementação para artroses até o grau 3. Mas também temos resultados satisfatórios em alguns casos de artroses nos graus 4 e 5. Pacientes jovens, que não queriam optar pela cirurgia, e pacientes sem condições clínicas para a operação que utilizaram a viscossuplementação tiveram alívio de dor e maior qualidade de vida, em um período de até um ano. Assim, é possível adiar e até mesmo evitar a cirurgia – explica o Dr. Kaz.

A viscossuplementação pode evitar a cirurgia do joelho, por exemplo. “A viscosuplementação é útil para os pacientes que não responderam adequadamente ao tratamento com outras medidas terapêuticas. Ela pode ser feita em qualquer fase da artrose, porém, seus efeitos parecem ser maiores nos pacientes com artrose em fase inicial”. O Dr. Rodrigo Kaz pontua que o tratamento deve ser proposto por um especialista, que deve ser consultado ao menor sinal de dor.


Viscossuplementação, uma poderosa arma contra a artrose

A osteoartrite, mais conhecida no Brasil como artrose, é a mais comum doença músculo-esquelética em pessoas com mais de 65 anos. Só nos Estados Unidos, mais de 50 milhões de pessoas sofrem desta enfermidade. O conceito da doença, porém, vem mudando com o passar dos anos. Se antes acreditava-se que era uma doença progressiva, de evolução arrastada e sem perspectivas de tratamento, hoje a artrose é vista como uma doença que pode ser tratada.

Os tratamentos estão cada vez mais avançados e trazem ótimos resultados, trazendo de volta ao paciente a qualidade de vida perdida. Além do tratamento medicamentoso, utiliza-se protocolos de reabilitação física com sessões de hidroterapia, cinesioterapia específica, acupuntura e fisioterapia. A novidade no tratamento é a Viscossuplementação, que apresenta resultados muito satisfatórios em casos leves e moderados da doença.

“A Viscossuplementação consiste de injeções intra-articulares de ácido hialurônico, que é o mesmo componente que já existe no líquido sinovial de uma articulação saudável. De acordo com recentes estudos, o líquido sinovial perde sua capacidade funcional com a idade e com o processo de artrose, e o uso do dessas injeções de  ácido hialurônico exógeno vem sendo utilizado com sucesso. Este método faz parte do algoritmo de tratamento da osteoartrose do joelho da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) e American College of  Rheumatology”, explica Dr. Rodrigo Kaz, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e especialista em Cirurgia do joelho e Medicina do Esporte pela Universidade de Pittsburgh, EUA.

– Com o envelhecimento da população mundial, a incidência da artrose vem aumentando e acomete a maioria dos indivíduos acima de 50 anos. A artrose é a degeneração progressiva das articulações, sendo os principais fatores relacionados a esta doença: a idade (incide sobre aproximadamente 100% das pessoas aos 80 anos), a sobrecarga mecânica das articulações (como no excesso de peso) e após traumas ou cirurgias, como por exemplo após uma fratura no joelho. As principais conseqüências são dor, creptação, inchaço e a redução dos movimentos, podendo chegar até a grandes limitações, como impossibilidade de andar em casos mais graves. A viscossuplementação por injeção intra-articular de ácido hialurônico é usada com frequência na prática clínica para reduzir a dor em pacientes com artrose de joelhos. O procedimento é feito em consultório, por médico especialista. As injeções trazem alívio para a dor e melhora da função. E é bom esclarecer que não se trata de um corticóide, antiinflamatório que tem vários efeitos colaterais – diz o médico. O CREB oferece esse tratamento, com a aplicação em sala utilizada especialmente para esse fim.

A viscossuplementação foi um dos temas do congresso da OARSI, na Bélgica, no final de 2010. Um dos trabalhos apresentados, por pesquisadores da Austrália, avaliou o efeito da viscossuplementação com hylan GF-20 na preservação da cartilagem articular em pacientes com artrose de joelhos sintomática, em um estudo de dois anos, comparado com grupo controle. A integridade da cartilagem articular e lesões da medula óssea foram avaliadas através de ressonância magnética. A análise demonstrou uma taxa anual significativamente reduzida de perda e defeitos da cartilagem tibial no grupo de intervenção, em comparação com o grupo controle, independente da sintomatologia apresentada pelo paciente.

Outro trabalho, de especialistas italianos, chamou a atenção dos participantes do congresso. O estudo foi fieto com 207 pacientes com osteoartrite de quadril, que receberam uma infiltração de ácido hialurônico. Após um ano do tratamento, os autores perceberam melhora com relação à dor que afetava o sono, o humor e maior sensação de alegria. Estes resultados demonstram que é possível retardar a indicação de artroplastia para pacientes com osteoartrite de quadril com o uso da viscossuplementação, uma vez que a dor pode ser eliminada em pacientes no limite da indicação para tratamento cirúrgico.

– A viscossuplementação traz resultados animadores. É eficaz e controla a dor e a melhor da função física de pacientes com artrose – finaliza o Dr. Rodriko Kaz.


Viscossuplementação pode ajudar a resolver lesão de menisco

A lesão de menisco é muito comum em atletas, profissionais ou não, em pessoas obesas e, ainda, entre aqueles que são acometidos por artrite, artrose ou outro problema que afete a articulação dos joelhos.

Muito comum no futebol e outros esportes, a lesão de menisco provoca dor no joelho quando caminhamos ou fazemos movimentos como subir e descer de escadas. Em geral, a dor é localizada na parte da frente do joelho, e pode piorar com o passar do tempo, dificultando a caminhada. A lesão de menisco também pode provocar, além da dor, sensação de crepitação na articulação. “Em geral, a dor é na parte da frente do joelho. Mas pode ser lateral, se a lesão for de menisco
lateral, ou na parte interior do joelho, se for uma lesão de menisco medial”, esclarece o ortopedista especialista em  medicina do esporte, Dr. Rodrigo Kaz, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O que é menisco?

O Dr. Rodrigo explica que o menisco é uma estrutura de cartilagem do joelho, cuja função é protegê-lo de impactos ou pancadas. A lesão de menisco é muito comum em atletas, profissionais ou não, em pessoas obesas e, ainda, entre aqueles que são acometidos por artrite, artrose ou outro problema que afete a articulação dos joelhos.

“Alguns movimentos podem lesionar o menisco, como virar muito rápido o corpo sobre uma perna, durante agachamentos muito fundos, ao levantar muito peso com as pernas e quando a gente prende o pé enquanto caminha. Com o passar dos anos, a cartilagem do menisco se enfraquece naturalmente, por conta da diminuição de circulação de sangue no local”, revela o ortopedista do CREB.

Exames e tratamento da lesão de menisco

Para diagnosticar a lesão de menisco, o ortopedista fará exame físico e poderá solicitar exames de imagem que auxiliam no diagnóstico. Para prevenção e orientação no processo de reabilitação fisioterápica dos pacientes com lesão meniscal, pode-se solicitar a baropodometria e a avaliação isocinética. “A baropodometria localiza os pontos de apoio na planta do pé durante a pisada e faz a mensuração precisa da pressão exercida sobre cada um destes pontos. Podemos avaliar o paciente em movimento, medindo as variações das pressões durante a marcha e até durante a corrida. Já a avaliação isocinética tem como objetivo a mensuração da força e resistência desenvolvida pelos grupos musculares em todos os segmentos do corpo e a musculatura que está com baixo desempenho”, explica.

O tratamento é feito com medicamentos e fisioterapia. O CREB adota protocolos que podem incluir acupuntura e hidroterapia, por exemplo. “Nem sempre a lesão de menisco é caso de cirurgia. Na maior parte das vezes, o tratamento pode ser um sucesso. Também podemos utilizar o recursos da viscossuplementação, que repõe fluídos nas articulações com desgaste, como se colocássemos um lubrificante entre as estruturas ósseas e cartilaginosas das articulações, diminuindo o impacto e aliviando a dor”, acrescenta o médico do CREB.