A Terapia por Ondas de Choque – TOC – é um método praticamente indolor e não invasivo, através de ondas acústicas, que vem sendo utilizado com sucesso em substituição a vários tipos de cirurgia e é o que de mais novo há no tratamento das dores do sistema músculo esquelético, cuja eficácia já alcança a impressionante marca de 70 a 85% de bons resultados em pacientes que não obtiveram melhoria com outros tratamentos.
Mas a TOC começa a ser utilizada para outras patologias, também com sucesso, ampliando seu campo de atuação. No Congresso Mundial de Ortopedia, associado ao Congresso da Sociedade Internacional de Terapia por Ondas de Choque, que aconteceu no ano passado, em Toronto, no Canadá, foi relatada a experiência com pacientes diabéticos do tipo II, portadores de feridas crônicas não cicratizáveis. Estudos documentados comprovaram um resultado muito positivo após a aplicação de em média 15 sessões da TOC. “Essas feridas estão localizadas principalmente nas pernas ou nos pés e com a TOC conseguiu-se uma grande redução das feridas e até casos de cicatrização”, explica o fisiatra e reumatologista Antônio Rodrigues d’Almeida, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Segundo ele, no próprio CREB há 4 casos documentados de sucesso de aplicação da TOC em paciente com diabetes tipo II. “Atendemos a quatro pacientes que apresentavam quadro de pés diabéticos. E após 15 sessões da TOC a resposta foi muito positiva, com redução acentuada das feridas e granulação de cicatrização. Um paciente tinha uma ferida na perna, com 18 centímetros em seu maior diâmetro e 2 centímetros de profundidade. Ao término das sessões, a ferida ficou com 6 centímetros em seu maior diâmetro e apenas 0,5 centímetro de profundidade, meio granulado, sendo encaminhado o paciente para enxerto de pele. Este caso está documentado fotograficamente”, conta o médico.
O tratamento da TOC é feito em consultório médico, por médico capacitado. Na maioria dos casos, a eficácia da TOC é percebida logo após as duas primeiras aplicações. Não há internação e também minimiza o uso crônico de medicações, reduzindo efeitos colaterais e os gastos com medicamentos. Segundo o Dr. Antônio Rodrigues d’Almeida, o uso da TOC em pacientes com diabetes tipo II continua sendo estudado no mundo inteiro e certamente apresentará evoluções.
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