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Treinamento do assoalho pélvico: disfunções afetam milhares de mulheres

 

O assoalho pélvico é responsável pela sustentação dos órgãos localizados na cavidade pélvica: bexiga, reto, órgãos reprodutivos femininos, próstata. Está relacionado com o funcionamento dos esfíncteres urinários e anal, ajudando a manter a continênci...

O assoalho pélvico é responsável pela sustentação dos órgãos localizados na cavidade pélvica: bexiga, reto, órgãos reprodutivos femininos, próstata. Está relacionado com o funcionamento dos esfíncteres urinários e anal, ajudando a manter a continência urinária e fecal. Suas disfunções afetam milhares de mulheres, seja na forma de incontinência urinária associada ou não a prolapsos genitais (bexiga caída ou útero caído), alterações evacuatórias, disfunções sexuais e/ou relacionadas à dor pélvica. Tais queixas são frequentes na prática diária de urologistas, ginecologistas, proctologistas e fisioterapeutas.

“Como qualquer outro músculo esquelético, os músculos do assoalho pélvico podem ser treinados a desenvolver aumento de força muscular, que acarreta em melhora da função e diminuição dos sintomas. O treinamento muscular é adquirido por meio da prática de exercícios específicos, baseados no preceito de que os movimentos voluntários repetidos proporcionam aumento da força muscular. Seus efeitos benéficos incluem desenvolvimento, melhora, restauração ou manutenção não só da força muscular, como também da resistência, mobilidade, flexibilidade, relaxamento, coordenação e habilidade, através dos movimentos”, explica a fisioterapeuta Walesca Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A atuação do fisioterapeuta na reeducação do assoalho pélvico tem como finalidade melhorar a performance muscular. A intervenção fisioterapêutica deve ser realizada de forma preventiva ou terapêutica. “Arnold Kegel, médico ginecologista, foi o primeiro, em 1948, a introduzir o treinamento da musculatura do assoalho pélvico feminino para tratar a incontinência urinária. Ele obteve um percentual de 84% de cura, de acordo com seus estudos. O tratamento fisioterapêutico deve ter início somente após uma avaliação detalhada, realizada por um profissional. As disfunções do assoalho pélvico podem ser tratadas, e, o que é melhor, com grandes chances de sucesso”, finaliza Walesca.